Em apenas sete dias da liberação da propaganda eleitoral, da campanha que mal começou, a Justiça Eleitoral registra cerca de 40 pedidos entre impugnações e representações contra dezenas de candidatos a vereador, um de vice-prefeito, Dr. Cesar (AGIR) e de dois candidatos a prefeito, Edmir Chedid e Jango. As candidaturas a prefeito de José de Lima (PSD), João Carlos Carvalho (SD) e Tânia Clemente (PSOL), não têm pedido de impugnação de registro. José de Lima e Regis Lemos (PSD), têm denúncia de cometimento de possível crime eleitoral por terem participado de inauguração de obra pública, o que é vedado em período pré-eleitoral.
A candidatura campeã de pedidos de impugnação é a de Edmir Chedid (UNIÃO) com quatro, feitas por partidos e coligações adversárias.
O candidato do União Brasil lidera as pesquisas com 57,7% contra 19,4% do segundo colocado, José de Lima (PSD), segundo a única pesquisa, registrada na Justiça Eleitoral, feita até agora e divulgada semana passada pelo SBT/Vox Brasil.
A causa é o parentesco com o prefeito Jesus Chedid (pai) que desencarnou no decorrer do seu segundo mandato. Se Jesus aqui estivesse, realmente Edmir não poderia ser candidato e nem Jesus se candidatar novamente porque configuraria terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pela lei. Entretanto seus adversários acreditam que mesmo Jesus não estando mais entre nós e, em sendo candidato seu filho Edmir Chedid, configuraria incompatibilidade por se tratar de eleição de parente, o que também é vedado pela lei. Por outro lado, já há julgados no TSE casos idênticos que filhos ou parentes que tiveram prefeitos desencarnados durante o mandato, foram sucedidos por eles. Há também um vídeo que circula na internet gravado pelo ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente do TSE, atestando a legalidade das referidas candidaturas. Na opinião de juristas consultados pela GB, data vênia, o caso está pacificado em favor de Edmir.
Os quatro pedidos de impugnação da candidatura de Edmir Chedid e todos os casos denunciados, deverão ser analisados e julgados pela Justiça Eleitoral antes de 6 de outubro.
MAIS IMPUGNAÇÕES E DENÚNCIAS – O União Brasil e partidos coligados também questionam o registro das candidaturas de todos os candidatos a vereador do AVANTE, por ter sido a convenção do partido supostamente presidida por um membro sem a legal competência para conduzir o evento. O Avante pediu registro de 20 candidatos a vereador, entre eles os veteranos e experientes Quique Brown e Marcus Vale.
O questionamento judicial dos candidatos a prefeito José de Lima e a vereador de Regis Lemos, ambos do PSD, não são quanto ao registro das candidaturas. Estão sendo questionados junto à Justiça Eleitoral, por terem participado de inauguração de obra pública em período vedado pela lei eleitoral. Eles participaram da inauguração do novo prédio do Cartório Eleitoral no dia 24 de julho.
O candidato Bruno Sucesso, do Solidariedade, teve o pedido de impugnação apresentado porque não estaria quite com a Justiça Eleitoral e foi representado por publicação de vídeos negativos.
O vereador Eduardo Simões (PSD) que foi acusado de ter cometido crime sexual contra servidoras públicas, teve o registro de sua candidatura à reeleição solicitada pelo União Brasil, por ter sido condenado em segunda instância.
Os candidatos a prefeito e vice na chapa Jango (Pode) e Dr. Cesar (AGIR), respectivamente, também fazem parte do rol de pedidos de impugnação. Jango, por improbidade administrativa cometida durante seu segundo mandato (2009/2012) e Dr. Cesar acusado de não ter prestado contas à Justiça Eleitoral de sua candidatura a deputado em 2022.
A candidata à vereadora, Sonia Aparecida Picinato Mazuchelli (PT) e Lilian Cristina de Andrade Souza Vaccaro, mãe da candidata Giovanna Vaccaro (PSD) foram denunciadas ao Ministério Público por pedido antecipado de voto, o que configura crime eleitoral. A candidata Giovana Vaccaro, também foi denunciada por ter publicado vídeo com informações distorcidas. Disse no vídeo que havia recebido intimação judicial, quando na verdade não foi ela a intimada e sim sua mãe Lilian, que foi processada por pedido antecipado de voto.
O Ministério Público, por sua vez, solicitou impugnação das candidaturas a vereador de Luiz Gonzaga Sperandio (União Brasil) condenado por improbidade e ainda estaria ficha suja, porém seus advogados entendem que não houve enriquecimento ilícito, portanto estaria habilitado a concorrer.
O Ministério Público também pediu impugnação da candidatura de Anderson Luiz da Silva, por haver na sua ficha condenação criminal. O caso de Luiz Sperandio é parecido com o caso do ex-prefeito Jango (PODE) que também é alvo de pedido de impugnação por improbidade.