Jonathan Alberti
O inferno continua
A qualidade de vida de quem mora ao lado da garagem da empresa JTP Transportes, na Hípica Jaguari, caiu e muito depois que a empresa se instalou ali. São 3 anos e 5 meses, desde que a GB Norte e Gazeta Bragantina fizeram a primeira denúncia sobre os abusos sonoros da empresa. Hoje, trazemos uma atualização sobre o assunto e mesmo diante das diversas promessas da empresa em mitigar o problema, a barulheira e o desrespeito dos funcionários continuam.
A empresa se defende, dizendo que adotou ações para mudar a conduta interna, mas que tem que fazer as manutenções para atender a demanda no dia seguinte. Já o poder público se omite em todas as esferas e nada faz para ajudar o munícipe, pelo contrário, fecha os olhos e ignoram os vídeos feitos pelos moradores.
Moradores dizem que fiscais foram ao local e não constataram o barulho, porém, os moradores alegam que não viram os fiscais por ali. Foi igual a música do Zeca Pagodinho, “Você sabe o que é caviar; Nunca vi, nem comi; Eu só ouço falar”. Uma coisa é certa, estive lá diversas vezes, sem alarde e constatei as denúncias de barulho. Agora não é possível que uma equipe de perícia vá ao local e justamente naquele dia esteja tudo em silêncio.
Aliás, o prefeito Amauri Sodré prometeu uma visita noturna surpresa ao local e disse que me convidaria. Já se passaram alguns meses e até agora nada. Pelo jeito os moradores vão ter que continuar vivendo o inferno, já que nem Ministério Público, nem a Prefeitura e muito menos a empresa, têm interesse em fazer algo para ajudar.
Nas redes sociais da Gazeta Bragantina estão os vídeos gravados pelos moradores onde pode-se ouvir o barulho de ferramentas pneumáticas, batidas de lataria, lixadeiras, etc.
Mobilidade Urbana e do Meio Ambiente
A Secretaria de Mobilidade Urbana (SMMU), segue, como sempre, inerte aos problemas da cidade e não toma medidas para solucionar problemas simples. O silêncio perante o caso que os moradores da Hípica Jaguari estão vivendo é de uma falta de compaixão gigantesca. Como gestora do contrato, deveria dar um tapa na mesa e multar pelas faltas cometidas e até exigir a mudança. A secretaria de Meio Ambiente também deveria fazer seu papel e ir ouvir os moradores e checar a denúncia de poluição sonora que é de sua obrigação. Não apenas mandar fiscais ficar rodando lá ao esmo para tentar achar o problema, aliás uma coisa que não seria difícil se houvesse o mínimo de boa vontade.
Inércia
A situação da rua Francisco Luigi Picarelli, no Santa Helena é outra demonstração que a SMMU, está pouco se importando para o bem-estar da população. Foi modificada as mãos de direção de todas as vias no entorno e a rua Francisco Luigi Picarelli se transformou na principal entrada de veículos em direção ao Hospital Universitário e Universidade São Francisco, de quem vem da Variante Farmacêutico Francisco de Toledo Leme. Até aí tudo normal, porém, o estacionamento de veículos dos dois lados da via e em curvas tem trazido riscos para usuários e moradores. Foram relatados acidentes atropelamentos e até discussões calorosas entre motoristas pela estreita via. Nessa semana eu fui ao local e vi o quanto apertado e arriscado é, principalmente quando passam ônibus ou caminhão por ali. A solução é simples, lógica e rápida seria a proibição de estacionamento na via, mas parece que os “peritos” em tráfego urbano da SMMU, não conseguem pensar nisso. Só em mirabolantes trevos de acesso, semaforizações desnecessárias, entre outros.
Duplicação Capitão Bardoíno
A falta de respostas do DER sobre a licitação da Rodovia Capitão Bardoíno é preocupante. A GB e GB Norte, enviou vários questionamentos sobre a classificação de vencedores, assinatura de ordem de serviço e previsão para início das obras de duplicação da rodovia e obteve uma resposta pronta, falando que o DER foi informado da decisão, que o processo está em análise da documentação e seguirá os trâmites legais. Porém, para quem acompanhou todo o processo sabe que toda a documentação já foi analisada e que a ordem judicial é expressa para que o consórcio Adtranz/Paulitec, que ofertou o menor preço e foi desclassificado, seja tido como vencedor. É só classificar, homologar e assinar a ordem de serviço. Trâmites relativamente corriqueiros e rápidos para o setor de licitação. Agora resta saber o porquê o DER não quer dar previsões sobre trâmites fáceis e rápidos para a população bragantina, que aguarda essa obra há mais de 30 anos.