O empate conquistado pelo Bragantino na noite deste sábado (10) em Belo Horizonte, diante do Atlético, foi injusto para a equipe das Minas Gerais. O Bragantino, por conta de seu técnico, Pedro Caixinha, teve mais sorte do que juízo ao longo dos 90 minutos. O torcedor sofreu até o apito final do árbitro com a ala direita escalada por Caixinha, formada por Andrés Hurtado e Léo Realpe, defensivamente, e Hurtado e Henry Mosquera, ofensivamente. Ambas não funcionaram.
O Atlético iniciou a partida com marcação alta e não permitiu que o Bragantino respirasse ou conseguisse se arrumar taticamente em campo. Hurtado e Léo Realpe foram exigidos pelo Galo, que concentrou a maioria das jogadas por esse esquerdo do ataque e, depois de duas tentativas, Paulinho chegou à marcação do primeiro gol na falha dos dois zagueiros. Um toque entre os dois defensores chegou ao atacante mineiro que ganhou na velocidade, invadiu a área e escolheu como faria o gol, aos 16’. E até os 25’, o futebol do Bragantino inexistiu.
A partir daí o time começou a tocar mais a bola, se posicionar melhor em campo e conseguiu certo equilíbrio, embora alguns jogadores continuassem abaixo daquilo que podem produzir, caso do volante Jadsom Silva, que nem ajudava na marcação, nem no apoio ao ataque, Mosquera, que não conseguiu completar uma jogada sequer pelo seu setor, e Eric Ramires, confuso quanto ao seu posicionamento. Na defesa, como já dito, Hurtado e Realpe falharam seguidamente.
Aos 34’, num dos raros ataques, Lucas Evangelista praticamente repetiu a jogada do gol do Galo e tocou entre os zagueiros para Eduardo Sasha concluir com categoria e empatar. E o primeiro tempo terminou com equilíbrio de ações.
Etapa final – Como esperado, o Atlético voltou mais impetuoso do intervalo e encurralou o Bragantino em seu campo de defesa.
Zaracho, Paulinho (duas vezes) e Patrick tiveram oportunidades para desempatar, mas esbarraram em Cleiton e em conclusões a gol que não entraram por obra daquilo que se viu em campo por parte do Bragantino: mais sorte e menos juízo.
Só aos 82’ o Bragantino teve grande chance de virar o resultado, em conclusão de Thiago Borbas que obrigou o goleiro Everson a fazer grande defesa.
As alterações feitas por Pedro Caixinha, exceção feita a Borbas, não mudaram o comportamento do time até o apito final do árbitro. Um empate a ser comemorado, diante das circunstâncias.
Com uma data Fifa para dar descanso aos jogadores, o Bragantino só volta a campo no próximo dia 22, quando recebe o Flamengo no Nabizão.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas grandes defesas que evitaram o gol da vitória do adversário. Nota 7,0.
Andrés Hurtado: Defensivamente não existiu. Não tem fôlego para acompanhar o adversário, pouca noção de espaço dentro da área e ofensivamente foi nulo. Nota 4,5.
Léo Realpe: Irreconhecível durante todo o tempo. Errou nas bolas aéreas, nas coberturas, no tempo de bola e culpado no gol atleticano. Nota 4,5.
Eduardo Santos: Bem na cobertura aos companheiros, porém no segundo tempo insistiu em atacar e abriu espaços na defesa. Nota 6,0.
Juninho Capixaba: Ajudou bem ofensivamente e se viu envolvido por companheiros de zaga em péssima jornada. Nota 6,0.
Jadsom Silva: Nos primeiros vinte minutos não sabia onde estava. Aos poucos foi acordando e no segundo tempo jogou mais plantado, ajudando a defesa. Nota 5,5.
Eric Ramires: A exemplo de Jadsom, não se encontrou nos primeiros 20 minutos, e se permitiu a errar muitos passes. Melhorou defensivamente na etapa final. Nota 5,5.
Lucas Evangelista: Uma assistência perfeita para o gol de Sasha e boa movimentação até ser erroneamente substituído. Nota 7,0.
Henry Mosquera: Corre muito, e erra na mesma medida. Não levou vantagem uma única vez sobre seu marcador. Nota 5,0.
Eduardo Sasha: Movimentou-se bem ofensivamente, foi inteligente no gol que marcou e saiu de campo extenuado. Nota 7,5.
Vitinho: Conseguiu algumas boas jogadas ofensivas, mas continua com o defeito de não chegar à linha de fundo. Nota 6,0.
Thiago Borbas: É perigoso, é o chamado falso lento e quase deixou o seu ao final da partida. Nota 7,0.
Gustavinho: Boa movimentação e espírito de luta. Nota 6,5.
Guilherme Lopes, Alerrandro e Sorriso fizeram figuração. Sem nota.
Pedro Caixinha: Deve agradecer aos céus não ter saído de campo derrotado. Ou não viu as seguidas falhas do setor direito da defesa ou arriscou contando com a sorte. Nota 5,0.
ATLÉTICO-MG 1 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 10ª Rodada
Local: Estádio Magalhães Pinto (Mineirão), Belo Horizonte (MG)
Data: 10 de junho de 2023 (sábado, 18h30)
Árbitro: Rafael Rodrigo Klein (RS) – Assistentes: Tiago Augusto Kappes Diel (RS) e Maira Mastella Moreira (RS – Árbitro de vídeo: Rafael Traci (SC)
Público: 28.786 pagantes – Renda: R$ 1.072.119,30
Cartões amarelos: Mariano e Maurício Lemos (Atlético-MG) e Léo Realpe, Cleiton e Lucas Evangelista (Bragantino)
Gols: Paulinho aos 16’ (Atlético-MG) e Eduardo Sasha aos 34’ (Bragantino)
ATLÉTICO-MG: Everson; Mariano, Maurício Lemos, Jemerson e Rubens (Guilherme Arana); Battaglia, Zaracho e Igor Gomes (Patrick) e Vargas; Pavón (Edenílson) e Paulinho. Técnico: Eduardo Coudet;
BRAGANTINO: Cleiton; Andres Hurtado (Gustavinho), Eduardo Santos, Léo Realpe e Juninho Capixaba; Jadsom Silva, Eric Ramires e Lucas Evangelista (Thiago Borbas); Henry Mosquera (Sorriso), Eduardo Sasha (Alerrandro) e Vitinho (Guilherme Lopes). Técnico: Pedro Caixinha.