A Secretaria da Saúde de São Paulo prorrogou até 30 de junho a campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses de idade. A medida foi necessária porque a meta de 90% ficou longe de ser alcançada nos postos de todo o Estado.
Desde que a campanha começou, no início de abril, pouco mais de seis milhões de doses foram aplicadas, totalizando 32,9% de cobertura vacinal. Assim como os demais municípios, Bragança também deve seguir a determinação estadual, porém, a Secretaria da Saúde (SES) aguarda o comunicado oficial do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do Estado para oficializar a medida.
Na cidade, a meta também está longe de ser atingida. Na soma dos principais grupos prioritários (idosos, pessoas com comorbidade, professores, profissionais da saúde, entre outros), a adesão não passou dos 42% até terça-feira (23).
Neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) está aplicando a vacina trivalente, ou seja, que protege contra três vírus e cepas (H1N1, H3N2 e vírus influenza B), desenvolvida pelo Instituto Butantan. Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus.
Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem efeitos colaterais como febre, mal-estar e dores musculares. Geralmente, quem desenvolve esses sintomas está recebendo esse tipo de imunizante pela primeira vez. Reações alérgicas são consideradas raras.
Casos e mortes – A gripe geralmente causa apenas febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte. Apenas em 2023, o Estado registrou 86 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para quadros mais graves.
Em 2022, foram registradas 339 mortes e 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização do paciente. Neste ano, foram registradas 1.257 hospitalizações até a quarta semana de maio. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizados 1.653 internações e 250 óbitos.