Wagner Azevedo
O Bragantino, na vitória sobre o Santos no domingo (28), por 2 x 0, pelo Brasileirão, teve dois momentos distintos na partida. Nos primeiros 15 minutos não conseguiu se encontrar em campo, sem articulação, sem o estilo que é a sua marca, ou seja, de pressionar o adversário em seu campo, e por isso mesmo correu riscos. O Santos criou pelo menos duas boas oportunidades de ir às redes.
Só que a partir desse terço do jogo, a equipe acordou, passou a fazer marcação alta, imprimiu mais velocidade pelas laterais, teve em Eduardo Sasha um criador de jogadas e viu o seu meio-campo produzir de forma a impedir qualquer oportunidade para o time da Vila Belmiro se articular.
Foi um Massa Bruta intenso, com fome de bola, e nesse meio tempo perdeu pelo menos duas chances de abrir o marcador. O goleiro santista João Paulo trabalhou muito para evitar que isso ocorresse.
Mas aos 30 minutos não teve jeito: Eduardo Sasha, com calma, categoria e visão de jogo, encontrou Vitinho entrando pela esquerda, já dentro da área, e tocou com categoria para o arremate às redes, embora João Paulo ainda tocasse na bola. Na frente no marcador, o time de Pedro Caixinha ainda se manteve ofensivo e com um futebol vertical, levando desespero ao conjunto praiano.
Etapa final – Outra boa surpresa foi que, desta vez, o time bragantino não reduziu o seu ritmo de jogo, seguiu mantendo o Santos em seu campo de defesa e novamente criou inúmeras oportunidades, desperdiçadas principalmente por Helinho e Vitinho. O segundo gol era questão de detalhes, que aconteceu aos 75 minutos, em lançamento do zagueiro Luan Patrick para a pequena área, a zaga tentou cortar e não conseguiu e Juninho Capixaba apenas desviou levemente de cabeça, o suficiente para a bola tocar no pé da trave e morrer no fundo da rede.
O Santos ainda tentou, com as alterações feitas pelo técnico Odair Hellmann, ser mais ofensivo, mas esbarrou na excelente atuação da zaga do Massa Bruta.
Vitória mais que merecida e que poderia ter tido um placar mais elástico, não fosse a atuação do goleiro João Paulo.
No Rio – O Bragantino volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo (4 de junho) para enfrentar o Fluminense, no Rio de Janeiro, às 16 horas, no Maracanã.
O técnico Pedro Caixinha espera contar com o retorno de um ou dois jogadores que estão concluindo a fase de transição.
ATUAÇÕES
Cleiton: Uma ou duas intervenções, mas no todo, praticamente um espectador. Nota 6,0.
Andrés Hurtado: Pela primeira vez conseguiu mostrar equilíbrio em defender a apoiar o ataque. Nota 7,0.
Léo Realpe: Partida sem erros, movimentou-se bem entre a área e o meio-campo e pelo alto foi eficiente. Nota 7,5.
Luan Patrick: Mostrou um bom futebol, seguro e bem nas coberturas e antecipações e foi o garçom no gol de Capixaba. Nota 7,5.
Juninho Capixaba: É um dos pilares da estrutura do time. Ataca e defende com intensidade e, vez por outra, é artilheiro. Nota 8,0.
Matheus Fernandes: Suas deslocações ajudaram o time a criar com eficiência. Presença constante na proteção à zaga e na ajuda ao setor ofensivo. Nota 7,5.
Jadsom Silva: Entrou para dar um refresco ao meio-campo, que já estava já cansado. Nota 6,0.
Lucas Evangelista: Voltou a praticar seu melhor futebol. Criativo, rápido, constante defensiva e ofensivamente e ainda arriscou concluir a gol. Nota 8,0.
Eric Ramires: Compôs bem o meio-campo que não deixou o Santos jogar. Muito boa partida. Nota 7,5.
Gustavinho: Na mesma condição de Jadsom: entrou para dar um descanso ao setor. Nota 6,0.
Helinho: Tem mostrado bom futebol, corre muito, entra pelo meio para concluir a gol, mas não pode desperdiçar tantas chances de ir às redes. Uma hora o time pode se ressentir da falta de gols. Nota 7,0.
Henry Mosquera: Também entrou na etapa final quando o time já dava sinais claros de cansaço. Uma ou outra correria pelo setor esquerdo. Nota 6,5.
Eduardo Sasha: O maestro do time nessa partida. Atuou como pivô, como meia, como atacante, arriscou chutes a gol e deu uma assistência de craque no primeiro gol. Nota 9,0.
Vitinho: Finalmente conseguiu marcar, mas não sem antes desperdiçar pelo menos três boas chances. Taticamente foi melhor que em outras oportunidades. Nota 7,0.
Sorriso: Nas mesmas condições dos demais reservas, entrou para dar descanso ao titular Vitinho. Mas se machucou minutos depois. Sem nota.
Thiago Borbas: Acabou substituindo Sorriso, que não era a intenção do técnico. Sem tempo para jogar. Sem nota.
Pedro Caixinha: Foi cirúrgico nas substituições, mas antes, fez o time jogar como deveria, depois de um início ruim. Nota 8,0.
BRAGANTINO 2 x 0 SANTOS
Campeonato Brasileiro Série A – 8ª Rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 28 de maio de 2023 (domingo, 18h30)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS) – Assistentes: Bruno Boschilia (Fifa-PR) e Maira Mastella Moreira (RS) – Árbitro de vídeo: Rafael Traci (SC)
Público: 5.988 pagantes – Renda: R$ 236.290,00
Cartões amarelos: Matheus Fernandes (Bragantino) e Deivid Washington (Santos)
Gols: Vitinho aos 30’ e Juninho Capixaba aos 75’ (Bragantino)
BRAGANTINO: Cleiton; Andrés Hurtado, Léo Realpe, Luan Patrick e Juninho Capixaba; Matheus Fernandes (Jadsom Silva), Lucas Evangelista e Eric Ramires (Gustavinho); Helinho (Henry Mosquera), Eduardo Sasha e Vitinho (Sorriso) (Thiago Borbas). Técnico: Pedro Caixinha.
SANTOS: João Paulo; Gabriel Inocêncio, Messias, Joaquim e Lucas Pires (João Lucas); Rodrigo Fernández (Camacho), Dodi e Lucas Lima; Ângelo (Wesley Patati), Deivid Washington (Bruno Mezenga) e Soteldo (Daniel Ruiz). Técnico: Odair Hellmann.