A atuação do Bragantino diante do Palmeiras, na noite desta quarta-feira (22), foi surpreendente diante do que a equipe vem mostrando no Campeonato Paulista, completadas dez rodadas.
A forma como jogou, com um futebol compacto, sem espaços entre as linhas e intensa movimentação, pegou o Palmeiras de surpresa e fez com que as melhores chances ofensivas fossem do Massa Bruta. A marcação sob pressão no campo do adversário também contribuiu para que o Alviverde não conseguisse desenvolver ações que facilitassem seu trabalho e que, até aqui, lhe valeram a liderança.
Com uma dupla jogando muito, Matheus Fernandes e Bruninho, o time do técnico Pedro Caixinha equilibrou as ações, mesmo tendo tomado um gol logo aos 12 minutos, em falha do goleiro Cleiton, após cobrança de escanteio. O domínio no setor de meio-campo fez com que o Palmeiras jogasse mais recuado na maior parte dos 45 minutos.
Etapa final – Na volta do intervalo o Bragantino voltou com a mesma intensidade e impôs seu ritmo, obrigando o goleiro Weverton a pelo menos duas grandes defesas. Com solidez no sistema defensivo, nada permitiu aos comandados de Abel Ferreira, que criaram raras chances de gol.
O Bragantino, no entanto, não conseguiu concluir com precisão e excetuando-se as duas defesas de Weverton, as demais foram longe da meta.
E como o time que não faz, leva, segundo o dito popular, o Palmeiras chegou à marcação do segundo gol já nos acréscimos, através de Breno Lopes, novamente em falha de Cleiton.
Resultado que complicou a vida do time de Bragança, que agora disputa duas vagas no grupo com Santos e Botafogo.
Pela penúltima rodada, o Bragantino volta a campo neste sábado (25), às 16 horas, no Estádio Nabi Abi Chedid, quando recebe o desesperado Ituano. Se a meta é se classificar à fase de mata-mata, só a vitória interessa.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas falas inaceitáveis para um goleiro da sua estatura. Nota 4,5.
Aderlan: Defensivamente se estranhou com Dudu e recorreu aos pontapés durante boa parte do jogo. Contou com a benevolência do árbitro: Nota 6,0.
Lucas Cunha: Partida sólida, segura, mas participou da falha coletiva no gol de cabeça do pequeno Rony. Nota 6,0.
Natan: Se mostrou esforçado, tentou algumas incursões pelo setor ofensivo e desta vez não comprometeu. Nota 6,0.
Juninho Capixaba: Um excelente primeiro tempo, tanto defensiva quanto ofensivamente. Nota 7,0.
Jadsom Silva: Muito atento na marcação e fez bons lançamentos aos companheiros de ataque. Nota 6,5.
Matheus Fernandes: Se era para mostrar ao Palmeiras que tem futebol, conseguiu. Partida primorosa. Nota 8,5.
Bruninho: Rápido, envolvente, atrevido, são alguns dos adjetivos para este jovem que promete. Muito boa partida. Nota 8,0.
Artur: Futebol protocolar, muita movimentação e conclusões ruins a gol. Nota 6,5.
Alerrandro: Mero espectador. Praticamente não tocou na bola e nenhuma chance mais aguda de chegar ao gol adversário. Nota 5,5.
Sorriso: Pelo menos demonstrou vontade, correu bastante e tentou criar lances de perigo. Nota 6,5.
Substitutos: Dos jogadores que entraram no segundo tempo, bons momentos de Eric Ramires, depois de meses no Departamento Médico, e uma boa conclusão a gol de Thiago Borbas. Os demais fizeram figuração. Sem nota.
Pedro Caixinha: O esquema tático que empregou deu resultado e ao final o time merecia melhor sorte. Desta vez não inventou. Nota 7,0.
PALMEIRAS 2 x 0 BRAGANTINO
Campeonato Paulista 2023 – Série A1 – 10ª Rodada
Local: Allianz Parque, São Paulo, Capital
Data: 25 de fevereiro de 2023 (quarta-feira, 21h35 horas)
Árbitro: – Douglas Marques das Flores – Assistentes: Neuza Inês Back e Amanda Pinto Matias – Árbitro de vídeo: Vinícius Furlan
Público: 33.352 pagantes – Renda: R$ 1.549.683,46
Cartões amarelos: Weverton, Rony e Endrick (Palmeiras) e Matheus Fernandes e Gustavinho (Bragantino)
Gols: Rony aos 12’ e Breno Lopes aos 92’ (Palmeiras)
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino (Jaílson), Zé Rafael e Raphael Veiga (Bruno Tabata); Rony, Endrick (Giovani) e Dudu (Breno Lopes). Técnico: Abel Ferreira.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Lucas Cunha, Natan e Juninho Capixaba (Guilherme Lopes); Jadsom Silva (Eric Ramires), Matheus Fernandes e Bruninho (Popó); Artur, Alerrandro (Thiago Borbas) e Sorriso (Gustavinho). Técnico: Pedro Caixinha.