Pesquisa do Procon-SP, feita em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), constatou que o valor da cesta básica paulistana apresentou alta de 14,62% em 2022 — o valor médio passou de R$ 1.088,00 em dezembro de 2021 para R$ 1.247,04 em dezembro de 2022.
Os três grupos — Alimentação, Higiene e Limpeza — apresentaram aumento, sendo as variações acumuladas de 12,81% para Alimentação, 25,60% para Higiene e de 28,65% para os produtos do grupo Limpeza.
O grupo Alimentação, em dezembro de 2021, custava R$ 947,86 e em dezembro de 2022, R$ 1.069,30; os gastos médios com os itens de Higiene eram de R$ 83,74 e aumentaram para R$ 105,18; já os produtos do grupo Limpeza custavam R$ 56,40 e aumentaram para R$ 72,56.
Dos 28 alimentos pesquisados, 24 registraram alta nos valores médios. Os preços de todos os itens de Higiene e de Limpeza também aumentaram em 2022.
As maiores variações foram: cebola 184,42%; batata 53,54%, farinha de mandioca 39,24%; sabão em barra, 65,25%; e sabonete, 46,24%.
Inflação – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. O índice ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano, acima dos 7,94% de 2021. Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros. O grupo de despesas vestuário, por sua vez, teve a maior variação no mês: 18,02%.
Os transportes ajudaram a frear o IPCA de 2022, ao registrar deflação (queda de preços) de 1,29% no ano. Esse grupo de despesas havia acumulado inflação de 21,03% no ano anterior.
O grupo comunicação também fechou o ano com deflação: -1,02%. Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas de inflação no ano: artigos de residência (7,89%), despesas pessoais (7,77%), educação (7,48%) e habitação (0,07%).