A partida que o Bragantino realizou na tarde de sábado (25) em Curitiba, contra o Athletico Paranaense, com certeza foi uma das piores deste ano, computando-se todas as competições. Em 22 minutos já estava perdendo por 3 x 0, fruto principalmente da falta de opções táticas para sair jogando de seu campo de defesa, exagerado espaçamento entre as linhas e jogadores sonolentos, ingredientes que favoreceram o adversário, que fez marcação alta, correu muito e se mostrou compacto entre os setores. Bom ressaltar que o rubro-negro do Paraná entrou em campo com um time misto.
O primeiro gol, logo aos 4’, nasceu de um cruzamento de Vitor Bueno da esquerda, colocando a bola na cabeça de Erick e este, sem ser incomodado pela zaga, mandou no canto esquerdo de Cleiton. O Massa Bruta conseguiu um lance fortuito aos 12’, em cruzamento de Artur que Jan Hurtado cabeceou e Luan Cândido não conseguiu concluir. Aos 16’ saiu o segundo gol, em jogada pela direita entre Hugo Moura e Vitor Bueno, que novamente cruzou para a pequena área, Aderlan subiu e cortou de cabeça, mas na sobra Orejuela, também de cabeça, sob os olhares complacentes de Léo Ortiz e Natan, mandou às redes.
Aos 20’, em cobrança de falta, Hyoran quase marca, com a bola saindo rente à trave. Mas em seguida o Furacão chegou ao terceiro gol, em pixotada do zagueiro Natan, que bisonhamente perdeu a bola para Rômulo; este ingressou dentro da área e bateu cruzado, contando com uma falha grotesca do goleiro Cleiton, que tomou o chamado ‘frango’.
Segundo tempo – O que estava ruim, ficou ainda pior. Logo aos 8’ Léo Ortiz falha e Vitor Roque tenta de cabeça, mas Cleiton chegou antes. Na sequência, aos 9’, em cobrança de falta, Luan Cândido obriga o goleiro Bento a uma difícil intervenção. Aos 21’ o volante Hugo Moura pega a bola em seu setor defensivo, atravessa todo o campo sem ser marcado, avança até a entrada da grande área e desferiu um petardo para marcar o quarto gol.
Até esse momento o Bragantino nada produziu que pudesse causar preocupação ao time paranaense. As mudanças feitas pelo técnico Barbieri pouco acrescentaram ao que o time produzia.
Aos 25’ a primeira jogada ofensiva de perigo do Massa Bruta. Artur cruzou da direita, Alerrandro cabeceou e a bola pegou no pé da trave direita de Bento. Aos 33’, em jogada pela esquerda, de forma até despretensiosa, Miguel toca para Luan Cândido dentro da área, que chuta e no caminho a bola desvia em Alerrandro e o Bragantino chega ao primeiro gol.
Poderia se dizer que o time de Barbieri apresentou uma melhora a partir dos 25 minutos, mas também não se pode esquecer que o Athletico, com 4 x 0, diminuiu o ritmo e o treinador Felipão fez muitas mudanças em sua equipe. Aos 36’ saiu o segundo gol, de pênalti, cobrado por Lucas Evangelista, em jogada de Miguel, derrubado dentro da área.
E nada mais de interessante se registrou até o apito final do árbitro.
O time de Bragança terá mais uma semana inteira para corrigir os erros e ajustar a equipe para o próximo jogo, na segunda-feira (4/7), no Nabizão, diante do Botafogo do Rio.
ATUAÇÕES
Cleiton: É a segunda vez que falha de forma bisonha e colabora com o gol adversário. Nota 4,0.
Aderlan: Fraco ofensivamente, ficou preso em seu campo, e também não foi bem na marcação de Abner, que avançou muito pelo seu setor. Nota 4,5.
Léo Ortiz: Naufragou na mediocridade dos companheiros, errou além do que está acostumado e falhou nos dois primeiros gols. Nota 4,5.
Natan: O que dizer de um zagueiro que não sabe sair jogando e que assistiu aos dois primeiros gols de cabeça do adversário? Nota 3,5.
Luan Cândido: De bom, a cobrança de uma falta. De resto, falhou muito defensivamente. Nota 4,5.
Raul: Passou todo o primeiro tempo procurando espaço para jogar. Muito longe do que pode e sabe fazer. Nota 5,0.
Lucas Evangelista: O melhor da equipe, correu bastante, criou as poucas oportunidades de gol e fez o seu, ainda que de pênalti. Nota 7,0.
Hyoran: Nos primeiros 45 minutos foi quem mais chutou a gol e ajudou na construção das poucas oportunidades ofensivas. Nota 6,0.
Artur: Ainda tentou uma coisa aqui e ali, mas longe do jogador que todos conhecem. Nota 5,0.
Jan Hurtado: Da forma como o time vem jogando, não há centroavante que funcione. Tem sido assim com Ytalo e agora com Hurtado. Nota 4,5.
Helinho: O futebol que vem jogando é suficiente para colocá-lo na reserva. Mas Barbieri, sabe-se lá o motivo, o escala mesmo jogando mal. Nota 4,5.
Alerrandro: Demonstrou um pouco mais de vontade que Hurtado e estava na linha da bola que desviou para o primeiro gol. Nota 6,5.
Miguel: Pelo menos demonstrou força de vontade e correu no pouco tempo que participou. Nota 5,5.
Jadsom Silva: Entrou com o barco já à pique. Sem nota.
Carlos Eduardo: Segundo o técnico, entrou porque tinha experiência em gramado sintético. E falar o quê sobre isso? Sem nota.
Andrés Hurtado: Sem tempo para mostrar alguma coisa de útil. Sem nota.
Barbieri: Quando acordou já estava 3 x 0. Nenhuma menção em mudar o time ainda no primeiro tempo. Como não tem banco, aí fica difícil. Nota 5,0.
ATHLETICO-PR x BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 14ª Rodada
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Data: 25 de junho de 2022 (sábado, 16h30)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN) – Assistentes: Jean Marcio dos Santos (RN) e Lorival Cândido das Flores (RN) – Árbitro de vídeo: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
Público: 16.327 pagantes – Renda: R$ 293.470,00
Cartões amarelos: Khellven, Vitor Bueno, Matheus Fernandes e Vitor Roque (Athletico) e Helinho (Bragantino)
Gols: Erick aos 4’, Orejuela aos 16’, Rômulo aos 23’ e Hugo Moura aos 66’ (Athletico) e Alerrandro aos 78’ e Lucas Evangelista aos 82’ (Bragantino)
ATHLETICO-PR: Bento; Orejuela (Khellven), Matheus Felipe, Nico Hernández e Abner; Hugo Moura (Pablo Siles), Erick e Vitor Bueno (Matheus Fernandes); Pedrinho, Vitor Roque (Matheus Babi) e Rômulo (John Mercado). Técnico: Luis Felipe Scolari.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan (Andrés Hurtado), Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Raul (Jadsom Silva), Lucas Evangelista e Hyoran (Miguel); Artur, Jan Hurtado (Alerrandro) e Helinho (Carlos Eduardo). Técnico: Maurício Barbieri.