“ Eu lhe peço que me julgue pelos inimigos que fiz”
(Franklin Delano Roosevelt, foi presidente dos Estados Unidos, por quatro mandatos)
BOM SENSO
Está faltando bom senso à Secretaria de Mobilidade Urbana e a empresa Red Bull que é dona do Clube Atlético Bragantino. Pela enésima vez volto a comentar sobre a interdição do estacionamento do Jardim Público em dias de jogos, durante a semana. Cerca de uma centena de pais de alunos utilizam o estacionamento para buscar seus filhos no Instituto Educacional Coração de Jesus, entre 16h30 e 17h30. Acontece que durante a semana geralmente o jogo começa a partir das 20h30 ou 21h30. A Red Bull e barraqueiros ocupam toda a área do estacionamento para montar brinquedos infláveis e praticamente expulsam os cidadãos impedindo-os de utilizar o estacionamento para buscar os alunos, seus filhos.
Semana passada o estacionamento foi interditado as 9h (da manhã) para o jogo que começaria as 21h. Tem cabimento?
Será que se o fechamento do estacionamento se der a partir das 18 horas, não seria tempo suficiente para montar aquela parafernália?
O que não podemos admitir é que a Red Bull, só por ser dona do C.A. Bragantino tenha privilégios que agridem e usurpam o direito e a necessidade dos cidadãos bragantinos de utilizar uma área pública de ordenamento da mobilidade urbana sustentada por todos nós, contribuintes.
INIMIGOS GRATUITOS
Quem não tem inimigos gratuitos? Jornalista tem muitos. Mas também tem amigos. Alguns amigos mais poderosos que os inimigos. São amigos do bem, ao contrário dos inimigos que invariavelmente são do mal.
Estou próximo de completar 50 anos como radialista e jornalista. Ao longo desse tempo nada mais fiz que registrar a história e tentar defender a população, o patrimônio público de empresários inescrupulosos, desonestos, mal-intencionados e combater ações de agentes públicos e políticos da mesma estirpe.
A missão da imprensa é informar e, a informação levada ao público, sempre revela orientação e conhecimento de todas as áreas inerentes ao cotidiano da população.
A coragem de um jornalista se mede pelo conteúdo do que escreve, como escreve e a credibilidade do fato retratada na informação veiculada.
Mas a verdade fere como lança. O alvo da verdade sempre reage com apologia à falsidade e seus aliados no poder respondem com a interpretação falsa da lei, adequadas às suas necessidades do primeiro momento. A partir daí o jornalista começa a virar réu e o malfeitor ferido se transforma em vítima. Então, aquela notícia veiculada com base nos fatos verdadeiros se transforma num longo processo judicial, geralmente viciado, que suga até o último centavo do mensageiro. Além disso, há o risco de o jornalista contratar um advogado com desvio de conduta que negocia a causa com a parte contrária e entrega sua cabeça na bandeja. Já fui vítima dessa trama.
Como todo ser humano, jornalista também erra, mas a correção imediata do equívoco anula seus efeitos, porém pode gerar um arranhão na credibilidade da notícia que só o tempo amenizará.
CORPORATIVISMO-1
Na política o corporativismo é um instrumento fatal. Sem entrar no mérito do fato causador, o caso do vereador Eduardo Simões, cassado pela Câmara por ter sido acusado de cometer atos obscenos a uma servidora pública, foi contestado pela sua defesa que ostentou a tese de exagero na dose da punição. Repito, independente do fato gerador do processo, a votação dos seus colegas pela cassação, envolveu também o corporativismo político ungido de uma moralidade questionável. Outro fato que entendo como ação corporativa dos vereadores, foi o do ex-vereador Ditinho Bueno, que pertencia a bancada majoritária, flagrado saboreando uma calcinha durante a sessão online da Câmara, em junho de 2020. Processado pela Comissão de Ética, foi penalizado apenas com advertência. Na eleição de 2020, foi punido pelo povo e não se reelegeu.
CORPORATIVISMO -2
Recentemente mais dois casos foram denunciados à Comissão de Ética da Câmara.
O vereador Brasilino (PSD), tido como evangélico, foi acusado de intolerância religiosa ao reproduzir nas redes sociais fotos do Lula ostentando a imagem do ícone da Umbanda Zé Pilintra e do Bolsonaro segurando uma Bíblia. Na comparação: “Ou zé pilantra ou a Bíblia. Eu fico com a Bíblia, com certeza. ”
Uma representação popular pediu à Câmara abertura de investigação pela Comissão de Ética por intolerância religiosa. O plenário apreciou a proposta e a rejeitou por 9 votos a 8. Votação apertada que revela ato de corporativismo político, evangélico ou os dois juntos.
CORPORATIVISMO -3
O caso do vereador Quique Brown (PV) que, durante discussão do projeto de Outorga Onerosa, teria dito que os vereadores que apoiam a proposta do Executivo participam de esquemas de votação. Na mesma sessão a vereadora Pokaia o acusou de ter dito que os vereadores da base de apoio ao Executivo teriam colocado R$100 mil no bolso.
Acusações pesadas que, se forem provadas, atingirão a maioria dos vereadores da Câmara. Se não forem provadas poderá custar a perda do mandato de Quique Brown. Ou ainda, poderá acontecer nada.
A vereadora Pokaia que fez uma das denúncias foi nomeada relatora do processo da Comissão de Ética.
Creio, salvo melhor juízo, que a investigação ficará maculada se a relatoria do processo continuar com a vereadora Pokaia que, neste caso é suspeita para relatar.
JUIZO FINAL
O caso de intolerância religiosa praticado pelo vereador Brasilino, “inocentado” por 9 dos 17 vereadores presentes na sessão, poderá repercutir até 2024 quando haverá eleições municipais, assim como repercutiu nas urnas em 2020 o caso do ex-vereador Ditinho Bueno que não se reelegeu.
A imensa comunidade espirita dos mais variados segmentos certamente não esquecerá o ato intolerante do vereador Brasilino.
O caso de Quique Brown é mais perigoso porque, ao contrário de Brasilino, o corporativismo poderá agir a seu desfavor, podendo ser penalizado com advertência, suspensão temporária do mandado ou cassação do mandato e consequente perda de direitos políticos por 8 anos.
REFRLEXÃO: SALMOS 83:1-18
1 Ó Deus, não estejas em silêncio; não te cales, nem te aquietes, ó Deus,
2 Porque eis que teus inimigos fazem tumulto, e os que te odeiam levantaram a cabeça.
3 Tomaram astuto conselho contra o teu povo, e consultaram contra os teus escondidos.
4 Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel.
5 Porque consultaram juntos e unânimes; eles se unem contra ti:
6 As tendas de Edom, e dos ismaelitas, de Moabe, e dos agarenos,
7 De Gebal, e de Amom, e de Amaleque, a Filístia, com os moradores de Tiro;
8 Também a Assíria se ajuntou com eles; foram ajudar aos filhos de Ló. (Selá.)
9 Faze-lhes como aos midianitas; como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom;
10 Os quais pereceram em Endor; tornaram-se como estrume para a terra.
11 Faze aos seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; e a todos os seus príncipes, como a Zebá e como a Zalmuna,
12 Que disseram: Tomemos para nós as casas de Deus em possessão.
13 Deus meu, faze-os como um tufão, como a aresta diante do vento.
14 Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas,
15 Assim os persegue com a tua tempestade, e os assombra com o teu torvelinho.
16 Encham-se de vergonha as suas faces, para que busquem o teu nome, Senhor.
17 Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se, e pereçam,
18 Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra