OSSO DURO
Depois de voltar às vitórias, o Bragantino vai ter um ‘osso duro’ de roer amanhã à noite, diante de um velho conhecido, o Novorizontino, partida que vai acontecer no Jorjão, estádio de Novo Horizonte. Os donos da casa estão em situação complicada no campeonato e nova derrota praticamente decreta o rebaixamento para a série A2 no ano que vem. E isso, num ano que deveria ser de festa, pois conquistou o acesso ao Brasileiro Série B.
TÉCNICO
Léo Condé, que fez um excelente trabalho no ano passado, viu tudo sair fora de controle neste início de ano e acabou perdendo o cargo. Outro profissional bastante conhecido em clubes das séries B e C do Campeonato Brasileiro, Allan Aal, foi contratado. E nele estão depositadas as esperanças do time reagir.
DE FORA
No Bragantino o técnico Maurício Barbieri ainda não sabe se poderá ter as voltas de Helinho e Sorriso, que já não enfrentaram o Água Santa no meio de semana. A previsão é que também diante do Novorizontino fiquem de fora.
COLETIVA
O CEO do Bragantino, Thiago Scuro, em coletiva na quinta-feira, deu destaque à reformulação que está promovendo nas equipes de base, com a chegada de novos profissionais. Segundo ele, a formação de futuros craques é uma estratégia importante no futebol de hoje. Disse também que está procurando um zagueiro, pois o time conta só com quatro, dois deles no Departamento Médico. Quatro, é muita bondade do dirigente, porque Léo Realpe e César Haydar são fraquinhos para figurar num time como o do Massa Bruta.
CHEGANDO?
O que parecia uma minissérie virou novela, e daquelas com centenas de capítulos: Cuello! Pelo que foi dito na coletiva, o jogador argentino agora está mais próximo de retornar a Bragança e faltam detalhes para a concretização do negócio junto ao Atlético Tucumán, dono dos direitos federativos do atleta. A vontade de Cuello retornar ao Braga foi decisiva na negociação, pois se assim não fosse, já estaria no Athletico Paranaense, que fez uma boa oferta pela sua contratação.
ESQUENTADINHO
O lateral Aderlan precisa se acalmar durante as partidas. Já coleciona dois cartões amarelos e tem exagerado nas reclamações junto aos árbitros. Dá pontapés e acha que não se deve marcar a infração. Fala muito e há tempos não joga o que sabe.
CASEIRO
O bandeirinha (modernamente chamado de assistente) Anderson José de Moraes Coelho quase passa vergonha no primeiro tempo, diante do Água Santa, ao não assinalar um impedimento clamoroso de dois jogadores do Bragantino. Tipo do bandeirinha ‘caseiro’, daqueles tempos românticos do futebol em que enxergavam tudo a favor dos donos da casa. Tivesse resultado em gol, a jogada seria anulada pelo VAR. Só ele não viu.
PÚBLICO FRACO
Nas dez partidas realizadas pela sétima rodada, o público que compareceu ao Nabizão para o jogo diante do Água Santa foi apenas o sexto melhor. E foi sexto porque Santo André x Novorizontino não teve o total de pagantes divulgado. O torcedor de Bragança não tem comparecido como deveria, ainda mais o time sendo líder. Uma outra prova desse desinteresse: o São Paulo, considerado clube grande, jogou em Bragança e levou pouco mais de 3 mil torcedores ao estádio. Outros grandes no interior: Santos, jogando em Mirassol, cuja população é menos da metade que a de Bragança, viu passar 7.542 pagantes nas bilheterias do Tigre. O Palmeiras foi a Araraquara na rodada, e 5.325 torcedores assistiram ao jogo diante da Ferroviária. Essa falta de sintonia entre o clube e a torcida é algo que precisa ser discutido pela diretoria do Bragantino e identificar qual é o problema. Com o clube sempre bem colocado nas competições, é inadmissível que menos de 5 mil torcedores não estejam no estádio.
UM SACO!
Como as alternativas são nenhuma, os torcedores do Braga são obrigados a assistir aos jogos pelos canais Premiere. Salvo dois ou três, o restante de narradores, comentaristas e repórteres são uma calamidade. E o mantra que repetem a cada jogo, me levou a montar uma interessante estatística: só no campeonato paulista, cumpridas sete rodadas, os narradores disseram: Bragantino campeão paulista em 1990 (345 vezes); Vice-campeão brasileiro em 1991 (239 vezes); vice-campeão da Sul-Americana (155 vezes); classificado para a Libertadores (104 vezes); fusão com o Red Bull (81 vezes); vendeu Claudinho à Rússia (58 vezes); Léo Ortiz é filho do craque de futsal Ortiz (32 vezes). Em suma: falta de repertório, de criatividade e muita preguiça nas transmissões.