Uma partida com sete gols e viradas no placar poderia ser considerada espetacular. E até foi, dependendo do ponto de vista. O que ficou evidenciado ao longo de 90 minutos, no entanto, foram duas defesas falhas, verdadeiros desastres, inclusive a do Massa Bruta, que outrora foi menos vazada e conta com uma dupla de zagueiros pretendida por outros clubes, casos de Fabrício Bruno e Leo Ortiz.
Na etapa inicial o domínio foi amplo do São Paulo, mas o Bragantino é quem chegou às redes logo aos 11′, em uma pixotada do zagueiro Miranda (o pior em campo), que perdeu a bola para Artur e este invadiu a área e tocou sem chance para Volpi. De tanto insistir e manter o controle das ações, o time do Morumbi chegou ao empate aos 24′, após cobrança de escanteio, que Miranda desviou e Alisson, pela esquerda, sob a complacência de Praxedes, mandou para o gol. O VAR foi chamado e confirmou o empate. E o Bragantino só voltou a criar aos 40′, quando chegou ao segundo gol, em jogada que envolveu Aderlan, Hyoran (o melhor da partida) e Alerrandro, que desencantou e acertou um belo chute.
As melhores chances foram do São Paulo, mas Cleiton fez boas defesas e não permitiu que o tricolor conseguisse marcar.
Etapa final – Embora tenha voltado do intervalo com um pouco mais de disposição, o Massa Bruta viu o São Paulo ser mais eficiente nos primeiros movimentos. Logo a 1′ empatou com Igor Vinícius, em jogada pela esquerda que Rigoni chutou rasteiro, Cleiton defendeu e o lateral são-paulino contou mais uma vez com a lentidão de Luan Cândido, que chegou atrasado para evitar o gol.
Cinco minutos mais foram precisos para que o time de Ceni virasse o placar, novamente com Rigoni pela esquerda, que cruzou para a entrada da pequena área e encontrou Calleri, que de cabeça, em falha de Léo Ortiz, permitiu a vantagem tricolor até aquele momento.
Havia certo equilíbrio entre as equipes, que exploravam mais os lançamentos longos, pois as duas defesas falhavam constantemente, e o São Paulo criou ainda duas chances, sempre pelo lado esquerdo.
Aos 62′ o Bragantino se movimentou com rapidez e Alerrandro tocou para Hyoran, que já dentro da área bateu em curva no ângulo esquerdo de Volpi, para empatar. Um lindo gol. E quando o placar parecia definitivo, o Massa Bruta chegou à vitória a 4′ do fim, novamente com assistência de Hyoran, pela esquerda, que cruzou para Gabriel Novaes, sozinho, empurrar para o gol. E fim de jogo. A se ressaltar a arbitragem ruim de Vinícius Araújo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Sem culpa nos gols, ainda evitou outros dois. Nota 7,5.
Aderlan: Teve muitas dificuldades pelo setor direito e na etapa final se mostrou mais participativo ofensivamente. Nota 6,5.
Fabrício Bruno: Confuso, lento na maioria das jogadas e em nada ajudou na cobertura de Aderlan. Nota 5,5.
Léo Ortiz: Outra partida para esquecer. Falhou no terceiro gol, ao permitir a cabeçada de Calleri e mal posicionado em vários lances. Nota 5,5.
Luan Candido: A cada jogo a certeza de que não tem cacoete de lateral. Lento na recomposição defensiva, falhou feio no gol de Igor Vinícius. Nota 5,0.
Eric Ramires: Muita disposição, mas joga melhor não como volante, mas como homem de ligação. Nota 6,5.
Praxedes: Novamente um horror. Erra passes em demasia e desta vez ficou olhando a bola e não Alisson, que marcou sem ser incomodado. É fraco. Nota 4,5.
Hyoran: O melhor da partida com um lindo gol e duas assistências. Foi melhor na etapa final. Nota 8,5.
Artur: Um tormento para a defesa tricolor, muita movimentação e um gol de bastante oportunismo. Nota 8,0.
Alerrandro: Depois de longo e tenebroso inverno, conseguiu marcar e correu mais do que outras vezes. Nota 7,0.
Helinho: Novamente uma partida fraquíssima, parece fora de sintonia, produziu muito pouco. Nota 5,5.
Gabriel Novaes: Na única chance que teve, foi às redes. Nota 7,0.
Bruno Tubarão: Entrou faltando poucos minutos para o final do jogo. Sem nota.
José Hurtado: Cedo para qualquer avaliação mais precisa. Sem nota.
Luciano: Teve mais minutagem desta vez, mas é outro que precisa ser melhor avaliado. Sem Nota.
Sorriso: Tentou imprimir mais velocidade pelo seu setor, mas ainda é flagrante o seu desentrosamento. Sem nota.
Barbieri: A insistência com Helinho e Praxedes se mostra absurda. Hora de mexer no time e buscar meios para consertar a zaga, que em três partidas tomou seis gols. Nota 5,5.
BRAGANTINO 4 x 3 SÃO PAULO
Campeonato Paulista Série A1 – 3ª rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista
Data: 3 de fevereiro de 2022 (quinta-feira, 21h30)
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo – Assistentes: Daniel Luís Marques e Bruno Silva de Jesus – Vídeo: Douglas Marques das Flores
Público: 3.523 pagantes – Renda: R$ 163.720,00
Cartões amarelos: Praxedes (Bragantino) e Tiago Volpi e Igor Vinícius (São Paulo)
Gols: Artur aos 11′, Alerrandro aos 40′, Hyoran aos 62′ e Gabriel Novaes aos 86′ (Bragantino) e Alisson aos 24′, Igor Vinícius aos 46′ e Calleri aos 52′ (São Paulo)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan (José Hurtado), Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Luan Cândido; Eric Ramires, Praxedes (Luciano) e Hyoran (Bruno Tubarão); Artur, Alerrandro (Gabriel Novaes) e Helinho (Sorriso). Técnico: Maurício Barbieri.
SÃO PAULO: Volpi; Igor Vinícius, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Talles Costa (Igor Gomes, depois Gabriel Neves) e Gabriel Sara; Alisson (Marquinhos), Rigoni (Nikão) e Calleri (Eder). Técnico: Rogério Ceni.