A vitória do Bragantino por 3 x 0 sobre o Sport Recife, na noite desta quinta-feira (28) no Nabizão, não traduz o que foi a partida em seus 90 minutos. O time de Maurício Barbieri soube aproveitar as poucas chances que criou e durante a maior parte do tempo foi dominada. De se levar em conta que o time pernambucano entrou em campo com 8 jogadores formados na base do clube.
Logo aos 2 minutos, o que ajudou o time de Bragança foi ter chegado às redes, após cobrança de escanteio pelo lado direito, feita por Artur, que cruzou no segundo pau para Ytalo cabecear. Antes de entrar a bola ainda bateu no zagueiro Rafael Thyere, mas ultrapassou a linha do gol.
Com um atacante escalado como meia, Gabriel Novaes, o Bragantino errou muitos passes, criou raras oportunidades ofensivas e a partir dos 20 minutos reduziu a intensidade e com isso acabou chamando o rubro-negro para seu campo de defesa. Aos 37′ Mikael invadiu pela direita do ataque, cortou o marcador e bateu para defesa de Cleiton. Quando conseguiu se acalmar, o Sport começou a criar jogadas perigosas, porém não chegou ao empate. O Bragantino só voltou a buscar o gol aos 45′, em chute de Cuello que Maílson mandou a escanteio.
Etapa final – O Sport voltou mais determinado do intervalo, porém viu o Bragantino chegar às redes logo aos 4′, depois de cobrança de escanteio de Artur, em que houve um bate-rebate na pequena área e o zagueiro Chico acabou marcando contra.
Cleiton voltou a ser decisivo: aos 21′ Ronaldo Henrique lança em profundidade para Mikael, porém o goleiro usa a mão para encobrir o atacante e afastar o perigo; aos 25′, Sander cruza da esquerda e encontra Zé Welison, na pequena área que bate à queima-roupa, porém Cleiton defende. Aos 28′, nova intervenção de Cleiton em chute forte de Gustavo da entrada da área. Aos 38′ nova jogada de perigo do Sport, pela esquerda, em bola lançada para a penetração de Ewerthon, que não consegue concluir a gol após defesa parcial de Cleiton e um bate-rebate que ficou mesmo nas mãos do goleiro. O Bragantino foi completamente dominado a partir dos 20′, sem conseguir sair de seu campo defensivo.
O Bragantino só conseguiu construir um lance de perigo aos 41′, que resultou no terceiro gol. Cuello tabelou com Artur na entrada da área, pela esquerda, recebeu de volta, se livrou do zagueiro e tocou na saída de Maílson, que sacramentou a vitória.
O Massa Bruta jogou muito aquém de suas possibilidades, errou muito, demonstrou fragilidade no meio-campo e viveu novamente da inspiração de Artur, que participou dos três gols e da fase excepcional do goleiro Cleiton.
Destaque negativo para a arbitragem, que durante todo o primeiro tempo foi permissiva com pontapés e jogadas com virulentas.
Segunda-feira – O Bragantino volta a campo na segunda-feira, na Arena Pantanal, quando enfrenta o Cuiabá, jogo com início previsto para às 20 horas.
ATUAÇÕES
Cleiton: Virou rotina elogiar a fase espetacular que vive. Novamente foi decisivo com três grandes defesas. Nota 8,0.
Aderlan: Foi menos ao ataque desta vez e compôs mais o setor defensivo, mas duas jogadas que poderiam resultar em gol saíram pelo seu setor. Nota 6,0.
Fabrício Bruno: Não comprometeu e se saiu bem nas jogadas aéreas. Nota 6,5.
Léo Ortiz: Depois de duas falhas no início e depois o bom futebol de sempre, inclusive nas descidas ao ataque. Nota 7,0.
Edimar: É encontrado em todas as partes do campo, menos onde deveria estar. Mas foi bem nas jogadas ofensivas. Nota 6,0.
Jadsom Silva: Assim como os companheiros de meio-campo, não foi bem, errou passes e foi pouco combativo nas investidas do adversário. Nota 6,0.
Eric Ramires: Muito pouco se ouviu falar dele. Também errou muito, tanto defensiva quanto ofensivamente. Nota 5,5.
Gabriel Novaes: Crucificá-lo por ter sido escalado como homem de meio-campo seria injusto. Não é a dele e esteve perdido durante todo o primeiro tempo. Foi substituído no intervalo. Nota 5,0.
Artur: Imprescindível nas jogadas mais agudas. Participou dos três gols e se mais não fez é porque os companheiros pouco ajudaram. Nota 7,5.
Ytalo: O faro de artilheiro conspirou a seu favor logo no início do jogo. Depois, sumiu diante da falta de jogadas que pudessem resultar em gol. Nota 6,5.
Cuello: Depois de algumas partidas ruins, voltou a apresentar bom futebol, levando perigo em conclusões a gol, na marcação de um e compondo bem o setor defensivo quando necessário. Nota 7,5.
Barbieri: Errou na escalação ao colocar Gabriel Novaes como meia, errou na substituição ao colocar outro atacante em seu lugar e contou mais uma vez com a noite inspirada do goleiro Cleiton e do atacante Artur. Chegou a reclamar, durante o primeiro tempo, do futebol ruim do time. Nota 6,0.
BRAGANTINO 3 x 0 SPORT
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 28 de outubro de 2021 (quinta-feira, 19 horas)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ) – Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
Público: 931 pagantes – Renda: R$ 25.635,00
Cartões amarelos: Fabrício Bruno, Edimar e Artur (Bragantino) e Sander, Ronaldo Henrique, Hernanes, Gustavo Oliveira Mikael (Sport)
Gols: Ytalo aos 2′, Chico (contra) aos 49′ e Cuello aos 86′ (Bragantino)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Edimar; Jadsom Silva (Luciano), Eric Ramires (Emiliano Martínez) e Gabriel Novaes (Alerrandro); Artur, Ytalo (Hurtado) e Cuello (Bruninho). Técnico: Maurício Barbieri.
SPORT: Maílson, Ewerthon (Hayner), Rafael Thyere, Chico e Sander; Ronaldo Henrique (Hernanes), Zé Welison, Everton Felipe (Cristiano) e Gustavo Oliveira; Luciano Juba (Paulinho Moccelin) e Mikael (Flávio Souza). Técnico: Gustavo Florentín.