Índice fica próximo ao da crise hídrica de 2014
A falta de chuva tem sido o principal ingrediente para reduzir o armazenamento de água no Sistema Cantareira. Dados de ontem, da Sabesp, revelaram que o volume operacional está em 34,4%, com queda diária de 0,3%, números que se aproximam rapidamente daqueles registrados durante a crise hídrica de 2014.
Até ontem, os reservatórios tinham 338,1 milhões de m³ de água, enquanto a reserva técnica (volume morto) tem 287,5 milhões de m³.
Em setembro já choveu 23,9 milímetros, índice pouco acima do registrado no mês passado, de 21,1 milímetros. A média histórica prevista para este mês é de 83,2 milímetros.
Nos seis reservatórios, em 13 dias, choveu 17,60 mm na Represa Jaguari; 25 mm na Cachoeiras; 21,40 mm na Atibainha; 30,40 mm na Paiva Castro; 25,20 mm na Águas Claras e 22,20 mm na Jacareí.
Só que o volume de água retirado do sistema, para abastecer mais de 7,5 milhões de pessoas, é muito superior.
O Cantareira é o sistema, de um total de sete, no Estado de São Paulo, com pior índice (34,4%): Alto Tietê (42,8%); Guarapiranga (48,2%); Cotia (55,0%); Rio Grande (73,6%); Rio Claro (39,3%) e São Lourenço (54,2%). O volume total dos sistemas é de 41,4%.
Racionamento – Depois de três meses sem chuva volumosa, 1,3 milhão de pessoas em 16 cidades já enfrentam racionamento de água no interior de São Paulo. No início de agosto, apenas seis estavam nessa situação, o que mostra o agravamento da estiagem na região. Três cidades com rodízio no abastecimento estão entre as maiores do interior, com população próxima de 400 mil habitantes, entre elas Franca, São José do Rio Preto e Bauru.