PRAXE
Nas últimas apresentações, tanto pelo Paulistão, quanto a Copa do Brasil, os jogadores do Bragantino têm abdicado de pressionar mais o adversário quando se vê à frente no placar. Quando sofre o empate, é aquela correria atrás do resultado. Uma questão que o técnico Maurício Barbieri precisa discutir com o time, pois vai chegar a hora em que a busca pela vitória não vai se materializar. Essa prática não vai funcionar em campeonatos com maior qualidade técnica.
PRÊMIO
O prêmio do ano vai para a zaga da Luverdense, que conseguiu levar dois gols de cabeça do Bragantino. E de dois jogadores de baixa estatura: Artur e Claudinho.
O TEMPO PASSA
Aquela euforia em torno de Claudinho parece ter arrefecido depois de encerrado o Brasileirão. A tão propalada transferência para o futebol europeu ou mesmo no País, não se concretizou. Como a diretoria da Red Bull para a maioria dos assuntos é muda, melhor esperar por alguma sinalização sobre a saída do seu principal jogador.
SEIS, AGORA!
O atacante Artur parece ter encontrado seu melhor futebol, sumido há um ano e meio depois de chegar ao Bragantino. Fez outra boa atuação contra a Luverdense e assinalou seu sexto gol pelo clube. Quando chega às redes, diminuiu o custo/benefício de seu passe. Cada gol que marcou pelo Bragantino, agora, custa R$ 4,16 milhões. Até a semana passada eram R$ 5 milhões.
LATERAIS
A diretoria do clube continua contratando jogadores jovens, mas as duas laterais seguem com problemas. A lateral esquerda é a mais caótica, pois Edimar e Luan Cândido não tem poder de recuperação quando se lançam ao ataque. Não voltam nem de ônibus e deixam o restante da defensiva em polvorosa. Setor que precisa de contratações.
COBRANÇA
Nunca é demais lembrar que o Bragantino pode ter muitas promessas futuras, que só Deus sabe se vão se concretizar. Porém, não tem banco, ou seja, reservas à altura dos titulares. Isso tem ficado patente a cada partida. Não se sabe se o técnico Maurício Barbieri tem cobrado isso da diretoria. Se não tem, é bom começar a fazê-lo.
CONTANDO
O tricolor paulista está contando com a grana que o Bragantino sinalizou, porém ainda não houve confirmação oficial, destinada à compra de Helinho, que está emprestado ao Massa Bruta. A equipe do Morumbi aguarda algo em torno de R$ 20 milhões.
FILA ANDOU
Com apenas 1 ponto conquistado em 12 disputados, a diretoria do Botafogo de Ribeirão Preto fez a fila andar e demitiu o técnico Alexandre Gallo. Para seu lugar, outro velho conhecido no mundo da bola, Argel Fucks. Se o Paulistão tivesse as mesmas regras do Brasileirão, Fucks, em caso de demissão, só poderia ser substituído por um técnico da base. E no rival do tricolor ribeirão-pretano, o Comercial, o técnico Fahel Júnior também recebeu bilhete azul.
ÁRBITRO
Ano sai, ano entra, e a arbitragem no futebol brasileiro continua muito ruim. Em jogo fácil entre Bragantino e Luverdense, o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior (PR) usou de diferentes critérios para as mesmas ações e complicou sua atuação. Expulsou três jogadores da Luverdense e apenas uma, de foto, deveria ter ocorrido. E nem adianta perguntar mais “até quando isso vai”.
NARRADORA
Nada contra as mulheres, mas a narradora Renata Silveira, do SporTV, que esteve no comando da transmissão em que o Bragantino derrotou a Luverdense, é fraca. Há momentos que, sem repertório, fica em silêncio como se faltasse o som. Precisa treinar mais e campeonatos de outras divisões podem ser um caminho.
ESTADO
O Estado de São Paulo, sob o comando de João Dória, praticamente é o único onde o futebol está proibido de ser praticado. Todos os demais estaduais estão em andamento. Ou seja, o coronavírus paulista deve ser mais letal que aqueles das demais unidades da federação. A esculhambação que se observa na política, ocorre em igual medida no futebol.
DISTÂNCIAS
Equipes que estão fora da elite do Brasileirão sofrem muito com deslocamentos para as partidas. O Santo André, por exemplo, conheceu na semana passada seus adversários na fase inicial da Série D. Serão 14 jogos, dos quais 7 como visitante, que fará o time viajar 5.247 quilômetros entre idas e vindas. Até Cianorte, no Paraná, a distância a ser percorrida é de 1.495 quilômetros, e a Saquarema, no Rio de Janeiro, outros 1.291. Está mais para maratona do que jogo de futebol.