O resultado de ontem à noite no Nabizão, goleada do Bragantino sobre o Vasco, era previsível. O time carioca é muito ruim, fraco em todos os setores e tirando um ou dois talentos individuais, resta um coletivo incapaz de incomodar o adversário.
Não foi difícil para o Bragantino chegar ao placar de 4 x 1. Com apenas 2 finalizações na etapa inicial, o Gigante da Colina não incomodou a defensiva do Bragantino que, com total domínio das ações, abriu o marcador aos 14 minutos, em jogada de Claudinho pela esquerda, que cruzou para o cabeceio de Ramírez. Aos 22’ Helinho chutou, a bola foi desviada pelo goleiro vascaíno, bateu no poste esquerdo, voltou ao campo de jogo e Edimar concluiu, chute que passou rente à trave.
Na etapa final o Vasco voltou com alterações, mas ainda assim o domínio foi do Braga, que poderia ter ampliado através de inúmeras finalizações que tentou de fora da área, principalmente com Ramírez, mas que não tiveram o endereço do gol. O placar voltou a ser movimentado aos 26’, quando Claudinho recebeu um lançamento da direita, de Artur, e bateu com categoria no ângulo esquerdo de Fernando de Miguel: 2 x 0.
Mas cinco minutos depois, num dos raros ataques do Vasco, Carlinhos bateu da intermediária, o goleiro Cleiton, numa pixotada, não segurou e Gabriel Pec aproveitou para marcar. Aos 40’ Claudinho voltou à cena e chutou da entrada da área, a bola desviou em Werley e morreu nas redes.
Aos 44’, em jogada pela esquerda, Gabriel Pec bateu direto a gol, a bola foi se chocar contra o poste esquerdo de Cleiton e quase o Vasco diminui. A goleada, no entanto, se confirmou aos 47’, em cobrança de falta que Hurtado bateu no ângulo direito de Fernando Miguel, que nada pôde fazer.
O Bragantino, com a vitória, se colocou entre os dez primeiros. O Vasco, por sua vez, é um time ruim, com falta de sincronia em seus setores, sem poder de reação e um sério candidato ao rebaixamento.
O Bragantino volta a campo na segunda-feira, na Arena de Itaquera, onde enfrenta o Corinthians às 20 horas.
ATUAÇÕES
Cleiton: Não há um só jogo que não dê susto na equipe. No de ontem, em mais um erro grotesco, surgiu o gol do Vasco. Não inspira confiança.
Aderlan: Apático, pouco apoiou e longe das suas melhores atuações. Acabou substituído.
Léo Ortiz: A tranquilidade de sempre, faz à perfeição a ligação com o ataque e funcionou bem nas coberturas aos laterais.
Fabrício Bruno: Parece ter encontrado seu melhor futebol e segue como titular. Fez uma boa partida.
Edimar: Uma partida perfeita quando apoiou o ataque. Chegou várias vezes em condições de marcar. Defensivamente não teve problemas.
Raul: Atuou de forma mais defensiva e foi ataque menos vezes do que poderia. Mas domina o setor.
Eric Ramírez: Fez um excelente primeiro tempo e foi premiado com a marcação do primeiro gol pelo clube.
Claudinho: Repetitivo falar das qualidades do maestro do time. Dois gols, criação de jogadas e deslocamentos constantes. Perfeito.
Artur: Um chute a gol e um cruzamento a Claudinho que resultou no segundo gol. Muito pouco.
Ytalo: Novamente compôs taticamente o setor ofensivo e teve uma ou duas chances de concluir a gol. Acabou substituído.
Helinho: Um chute que pegou na trave, duas ou três jogadas de efeito e de resto no mesmo nível de Artur.
Hurtado: Aproveitou a chance desta vez e depois de um chute perigoso, acabou marcando em cobrança de falta.
Barbieri: Manteve o time que vinha jogando e teve o mérito de não inventar.
BRAGANTINO 4 x 1 VASCO
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 20 de janeiro de 2021 (quarta-feira, 21h30)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS) – Auxiliares: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (RS)
Público e renda: portões fechados
Gols: Eric Ramírez aos 14’, Claudinho aos 71’ e aos 85’ e Jan Hurtado aos 92’ (Bragantino) e Gabriel Pec aos 77’ (Vasco)
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan (Weverton), Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul, Eric Ramires (Bruno Tubarão) e Claudinho; Artur (Leandrinho), Ytalo (Jan Hurtado) e Helinho (Cuello). Técnico: Maurício Barbieri.
VASCO: Fernando Miguel, Léo Matos (Gabriel Pec), Werley, Leandro Castan e Neto Borges; Andrey, Léo Gil (Marcos Júnior) e Juninho (Yago Picachu); Caio Lopes (Carlinhos); Talles Magno (Vinícius) e Cano. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.