Os pesquisadores Dra. Renata Cristófani Martins, a especialista Lisamara Dias de Oliveira Negrini e o mestre Gualter Santana Pedrini, em parceria entre a Universidade São Francisco e Prefeitura Municipal, divulgaram o estudo de prevalência de anticorpos para Sars-CXov-2, o vírus responsável pela Covid-19, com dados sobre a distribuição de casos positivos por unidades de saúde, cor, sexo, escolaridade, ocupação, comorbidades e sintomas, entre outros.
A pesquisa foi produzida em 4 etapas, através de testagem rápida durante os meses de junho, julho, agosto e setembro. A escolha dos participantes foi feita de forma aleatória, por meio de sorteio de setores censitários e domiciliares, que consistia em realizar testagem rápida e assim verificar a presença ou não de anticorpos.
Na etapa inicial foram testadas e avaliadas 534 pessoas, das quais 29 (5,4%) foram positivas. Na segunda etapa 502 pessoas participaram e 58 (11,6%) testaram positivo. Na etapa seguinte os testes foram realizados em 437 pessoas e 44 (10,0%) deram resultado positivo. Na etapa 4, e última, foram testadas 332 pessoas, das quais 33 (9,9%) resultaram positivos.
As unidades de saúde que apresentaram maior porcentagem de casos positivos foram: ESF Parque dos Estados II (17,9%), ESF Planejada I (15,7%) e Centro de Saúde (14,5%). Entre os casos positivos, 67,1% disseram ser de cor branca, 24,4% de cor parda e 11,5% de cor preta. Já nos casos positivos por nível de escolaridade, 16,5% disseram possuir o ensino médio completo/incompleto/pós, 45,1% o ensino médio completo/incompleto, 34,8% o ensino fundamental completo/incompleto e 3,6% com ensino infantil ou analfabeto.
A grande maioria dos entrevistados saía de casa com frequência e 31% diariamente. Outros 10% cinco vezes na semana, 14,5% de três a quatro vezes na semana, 24,1% de uma a duas vezes na semana e 20,4% saiam menos de uma vez na semana.
Doenças – Em relação a doenças de base, dos 164 entrevistados que tiveram resultado positivo, 122 disseram ter alguma comorbidade e 42 declararam não ter doença. As comorbidades mais frequentes: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e câncer. Questionados sobre os principais sintomas, os mais mencionados foram: dor de cabeça, dor muscular e secreção nasal.
A pesquisa mostra que no período de junho a setembro de 2020, 9,1% da população de Bragança Paulista apresentava anticorpos, ou seja, teve contato com a Covid-19. Os dados coletados ajudaram a gestão da Secretaria Municipal de Saúde no enfrentamento da pandemia.
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Cidade fechou 2020 com 102 mortes e 6.339 casos de Covid-19
Nove meses e meio depois da primeira coleta de exame para detecção da Covid-19, Bragança fechou o ano de 2020 com um total de 6.339 casos confirmados e 102 óbitos de pacientes positivos para a doença. Os números foram obtidos pela reportagem da GB junto à Secretaria Municipal da Saúde.
Várias ações foram desenvolvidas durante os 291 dias da pandemia em 2020, e o último boletim registrou 4.732 pessoas recuperadas, 26.535 casos descartados e 34.015 testes realizados.
Julho e agosto foram os dois meses com os piores resultados. Em relação aos casos confirmados da doença, foram 1.459 e 1.563 respectivamente. Quanto aos óbitos, os meses com maior pico foram agosto (21), setembro (21) e dezembro (13).
Números da Covid até esta quinta-feira (7), de acordo com boletim da Secretaria Municipal, mostravam 6.426 casos confirmados, aumento de 1,3% em relação a 31 de dezembro, ou seja, 87 novos casos em apenas uma semana. Em igual intervalo de tempo foram mais 3 registros de óbito.
Leitos – A taxa de ocupação de leitos de UTI em Bragança e região, também até anteontem, está acima dos 100% (114,2%), e nas enfermarias já chegou a 87,5%.