Melhor que avaliar a qualidade técnica do jogo, ruim por sinal, foi o resultado ao final dos 90 minutos. O Bragantino voltou do Rio de Janeiro com 3 pontos importantes na bagagem, que o tiraram da zona de rebaixamento do Brasileirão. A vitória por 2 x 1 valeu muito, mesmo o time não jogando nada.
Ao final do primeiro tempo, ao falar para os canais Première, o atacante Ytalo, autor do gol de empate do time, foi rápido e incisivo: “o time não jogou nada”.
Outro fator a se considerar foi durante a coletiva do técnico Barbieri, mais comedido, menos arrogante quando de outras oportunidades, reconhecendo que o time jogou mal, mas que a vitória pode dar ânimo aos jogadores. Barbieri parece ter vestido as ‘sandálias da humildade’.
O jogo em si foi horroroso. O Botafogo dominou amplamente nos primeiros quinze minutos mas não conseguiu marcar nas jogadas criadas. O Bragantino demorou a chegar ao gol de Cavalieri. Isso só ocorreu aos 26’, quando Artur cobrou falta alçando bola na área, que Ligger quase marca. Depois, aos 37’, com Ytalo, o melhor do time, que recebeu cruzamento de Cuello e bateu, mas a bola passou muito próxima da trave. E novamente Ytalo, agora aos 45’, para assinalar um lingo gol em jogada na entrada da área. Cortou dois zagueiros com categoria e mandou para as redes sem chances para o goleiro alvinegro. Dois minutos antes Matheus Babi tinha aberto o marcador em jogada clássica que a defesa do Bragantino oferece aos adversários: bola alçada na área, entre os dois zagueiros e o atacante cabeceou para as redes.
A segunda etapa não foi muito diferente da primeira, mas teve um complicador: o árbitro. Confuso, nervoso, deixou a partida ainda mais tensa. E chances foram criadas pelos dois times: o Botafogo mandou uma bola na trave em jogada de Bruno Nazário, Artur respondeu em chute que Cavalieri mandou a escanteio, o Botafogo voltou à carga com Pedro Raul, que obrigou Cleiton a uma grande defesa e aos 31’ a polêmica penalidade em chute de Artur, que bateu no braço de Victor Luís, que o VAR disse não ter sido, e na jogada seguinte aí sim, pênalti após mão na bola de Kanu, em chute de Helinho.
Depois de quatro penalidades perdidas, Claudinho foi para a cobrança e mandou a bola no meio do gol, desempatando a partida. O Botafogo quase empatou aos 49’, em cobrança de escanteio de Kalou, que Honda finalizou no ângulo, mas Cleiton fez outra boa defesa. E fim de jogo!
BOTAFOGO 1 x 2 BRAGANTINO
Local: Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 16 de novembro de 2020 (segunda-feira, 20 horas)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR) – Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Ivan Carlos Bohn (PR)
Público e Renda: portões fechados
Cartões amarelos: Léo Ortiz, Cuello e Helinho (Bragantino)
Gols: Matheus Babi aos 43’ (Botafogo) e Ytalo aos 45’ e Claudinho aos 85’ (Bragantino)
BOTAFOGO: Diego Cavalieri, Kevin, Benevenuto, Kanu e Victor Luís; Zé Welison, Caio Alexandre (Pedro Raul), Honda e Bessa (Davi Araújo); Bruno Nazário (Rhuan) e Matheus Babi (Kalou). Técnico: Emiliano Díaz.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Weverson (Luan Cândido); Ricardo Ryller (Matheus Jesus), Raul, Claudinho (Fabrício Bruno) e Cuello (Helinnho); Artur e Ytalo (Chrigor). Técnico: Maurício Barbieri.