Longos e detalhados comentários para explicar mais uma derrota do Bragantino, deste vez para o Atlético Goianiense, são desnecessários. Quem assistiu ao jogo viu o mesmo time de sempre, desconexo, sem inspiração e mal dirigido. Teve a sorte de contar com a falha do goleiro Jean para marcar o seu 100º gol, através de Claudinho, em jogada de craque. No mais, aquele joguinho fraco, sem criatividade, com muitos chutões e um arsenal de passes errados. O adversário também não era nenhuma maravilha. Mas fez o suficiente para sair de campo com a vitória.
Criticar o técnico Barbieri é chover no molhado. A diretoria é quem deve ser responsabilizada pela sua contratação. Escala mal, faz substituições ainda piores, privilegia jogadores que não rendem e é incapaz de armar um esquema de jogo eficiente.
E não se vislumbra nenhuma melhora a curto e médio prazos. No próximo compromisso, a expectativa é ainda pior, pois enfrenta o Flamengo no Maracanã.
No jogo diante dos goianos, elogios devem ser feitos a Júlio César, Léo Ortiz, Ullian Correia (que Barbieri não deixa jogar), Claudinho e Bruno Tubarão. E também a Ytalo, que sozinho, sem ninguém a auxiliá-lo, pouco ou nada consegue fazer.
Comentar uma atuação medíocre do time, com análises longas, são desnecessárias. Quem leu aquelas publicadas dos jogos diante de Atlético-MG, Corinthians e Internacional, já viu o suficiente.
ATUAÇÕES
Júlio César: Nada pode fazer diante de uma defensiva onde só se salva Léo Ortiz.
Raul: Se de volante já não é aquelas coisas, imagine fora de sua função, como lateral.
Léo Ortiz: Pouco pode fazer sozinho. Mais uma três partidas com esse esquema de jogo é capaz de desaprender o que sabe. O time que não se imagine sem ele.
Ligger: Não é mau jogador, mas sente dificuldades principalmente quando tem que fazer as coberturas de Edimar.
Edimar: Fez a alegria dos goianos. Se mandava para o ataque e voltava dez dias depois. No primeiro gol atleticano estava posicionado como se fosse zagueiro, e não lateral.
Uillian Correia: É muito bom jogador, foi mal escalado como primeiro volante, é impedido de criar jogadas e inexplicavelmente foi tirado no intervalo.
Ricardo Ryller: Teve apenas o mérito de conseguir passar 90 minutos sem dar pontapé e, como prêmio, não receber o terceiro cartão amarelo, que seria o 9º em quinze jogos.
Claudinho: É craque! Mas sozinho fica difícil. Com esse esquema do técnico acaba perdido em campo. Mérito por ter assinalado o 100º gol do RB Bragantino.
Leandrinho: Jogador limitado e que rendeu menos ainda ao atuar pelo lado do campo.
Ytalo: O goleador máximo da equipe não recebe bolas. Não tem com que jogar (raras vezes com Claudinho) por absoluta falta de esquema de jogo.
Bruno Tubarão: Mais uma vez lúcido, ágil, quem mais procurou o gol e também sem ajuda de um esquema eficaz.
Os que entraram no decorrer da partida não mudaram nada.
Barbieri: Deveria pedir o boné e abrir vaga para alguém mais experiente. Seu comportamento em relação a Wesley foi absurdo. O que a diretoria está esperando para substituí-lo?
ATLÉTICO-GO 2 x 1 BRAGANTINO
Local: Estádio Olímpico Pedro Ludovico, Goiânia (GO)
Data: 11 de outubro de 2020 (domingo, 18h15)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC) – Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) e Helton Nunes (SC)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Edson (Atlético-GO) e Léo Ortiz (Bragantino)
Gols: Janderson aos 27’ e Matheuzinho aos 89’ (Atlético-GO) e Claudinho aos 20’ (Bragantino)
ATLÉTICO-GO: Jean; Dudu (Arnaldo), Eder, João Victor e Nicolas; Edson, Marlon Freitas e Chico (Matheus Vargas); Janderson (Matheuzinho), Gustavo Ferrareis (Everton Felipe) e Zé Roberto (Hyuri). Técnico: Vagner Mancini
BRAGANTINO: Júlio César; Raul, Leo Ortiz, Ligger e Edimar (Weverson); Uillian Correia (Weverton), Ricardo Ryller (Jan Hurtado) e Claudinho; Leandrinho (Wesley depois Luís Phelipe), Bruno Tubarão e Ytalo. Técnico: Maurício Barbieri.
FOTO | ARI FERREIRA |