Depois de uma semana conturbada, que marcou a dispensa do técnico Felipe Conceição, o Bragantino voltou a campo nesta quarta-feira (2) pela sétima rodada do Brasileirão. O adversário foi o Athletico-PR e o jogo foi marcado pela presença de técnicos interinos: Marcinho (Bragantino) e Eduardo Barros (Furacão).
A mudança, a princípio, fez bem ao Braga, que mostrou um futebol mais convincente em relação ao que vinha apresentado. Embora a equipe peque muito nas finalizações, já se viu uma evolução, uma troca de passes mais ágil e uma certa verticalidade ofensiva em alguns momentos. O empate, não entanto, não foi suficiente para sair da zona de rebaixamento.
O jogo – Na etapa inicial o Athletico começou melhor, tentou impor o seu ritmo e quase abre o marcador nos primeiros minutos, através de Erick, que cabeceou após cobrança de escanteio e obrigou Cleiton a uma grande defesa. Passado o susto, o Bragantino começou a se movimentar melhor e também em bola alçada na área atleticana, Léo Ortiz desviou e a bola passou rente à trave.
Aos 16 minutos, já com maior posse de bola, o Furacão abriu o marcador pelo setor direito. Erick ganhou na corrida de Léo Realpe e cruzou; Geuvânio ficou com a bola, deu uma ‘entortada’ em Edimar e bateu cruzado, sem chance para o goleiro bragantino.
O gol poderia desestabilizar o Massa Bruta, como em partidas anteriores, mas desta vez não foi o que se viu. O Bragantino começou a fazer uma transição mais rápida e em duas oportunidades poderia ter empatado, através de Ryller e Claudinho. O empate não tardou e aos 29 minutos o meia Matheus Jesus fez um lançamento preciso entre os dois zagueiros atleticanos e Claudinho, com categoria, tocou por cima do goleiro, assinalando um lindo gol.
Mesmo com alternâncias na posse de bola, as equipes diminuíram o ritmo e assim terminou a etapa inicial.
Segundo tempo – O Bragantino voltou mais disposto, subiu a marcação e diminuiu os espaços de criação do rubro-negro paranaense. A maior posse de bola propiciou a criação de boas jogadas ofensivas, porém falhava na conclusão. A entrada de Bruno Tubarão fez com que o time atuasse mais pelo lado esquerdo e em duas oportunidades ele concluiu a gol com perigo. Ytalo também entrou e o entendimento com Claudinho e Tubarão mostrou uma movimentação mais eficiente.
Bruno Tubarão pelo Braga, e Leo Cittadini pelo Athletico, nos 10 minutos finais, foram as principais peças em campo.
Pelo que vinha apresentando, a performance do Massa Bruta foi um alento para as próximas rodadas.
O time – Cleiton: Sem culpa no gol e ainda fez duas boas defesas. Aderlan: Mais tímido no apoio ao ataque e bem na marcação. Léo Ortiz: é o senhor absoluto da zaga. Cobre as duas laterais, antecipa bem, é opção para o time sair jogando e ainda é perigoso quando na área adversária em cobranças de escanteio. O Bragantino, hoje, é Léo Ortiz, Claudinho e mais nove. Léo Realpe: tem sido uma boa surpresa e apesar da falha na cobertura no gol atleticano, não comprometeu. Edimar: No gol adversário levou uma ‘entortada’ de Geuvânio, mas ainda assim é melhor que os seus reservas. Ryller: é o pulmão do time e apareceu algumas vezes para concluir. Bem no geral. Matheus Jesus: Um passe de craque para o gol de Claudinho e outros bons momentos. Claudinho: é o cérebro da equipe, quem cria, articula, corre o campo todo e ainda marca gols. Artur: Está longe do futebol apresentado no Paulistão. Muito longe. Pouco inspirado nas últimas quatro partidas. Jan Hurtado: Só apareceu na escalação. Sumido em campo, com dificuldades de movimentação. Leandrinho: demonstrou mais disposição que Morato e voltou para ajudar na marcação. Bruno Tubarão: Deu nova movimentação ao setor ofensivo e quase marca em rápido contra-ataque. Parece ser o mais indicado para completar o trio ofensivo. Ytalo: também se mostrou uma boa opção ofensiva e deveria ter entrado logo após o intervalo. Uillian Correia: ainda precisa de mais jogos para voltar à velha forma. Morato e Lucas Evangelista entraram faltando apenas 3 minutos, e pouco puderam produzir.
ATHLETICO-PR 1 x 1 BRAGANTINO
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Data: 2 de setembro de 2020 – Quarta-feira – 20h30
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ/Fifa) – Auxiliares: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Thiago Rosa de Oliveira (RJ)
Público e Renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Khellven e Wellington (Athletico) e Bruno Tubarão e Claudinho (Bragantino)
Gols: Geuvânio aos 16’ (Athletico) e Claudinho aos 29’ (Bragantino)
ATHLETICO-PR: Santos, Khellven, Lucas Halter, Pedro Henrique e Abner Vinícius; Wellington (Richard), Erick (Carlos Eduardo) e Leo Cittadini; Geuvânio (Christian), Bissoli (Walter) e Pedrinho (Fabinho). Técnico: Eduardo Barros.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Léo Realpe e Edimar; Ricardo Ryller (Uillian Correia), Matheus Jesus (Lucas Evangelista) e Claudinho; Artur (Morato), Jan Hurtado (Ytalo) e Leandrinho (Bruno Tubarão). Técnico: Marcinho.