Mesmo sem apresentar um grande futebol, principalmente no segundo tempo, o Bragantino conquistou a primeira vitória no Brasileirão, ao derrotar o Fluminense na noite desta quarta-feira, no Nabizão.
O jogo teve duas etapas distintas: uma primeira alucinante, com os primeiros dez minutos de ritmo acelerado, e uma etapa final sonolenta, ruim tecnicamente.
Logo aos 50 segundos, Alerrandro abriu o marcador, depois que o goleiro Muriel rebateu um chute de Matheus Jesus para dentro da área, aproveitado pelo oportunismo do atacante bragantino. Mas nem deu tempo de comemorar, pois a 1 minuto Nenê empatou para o Flu, que em chute de fora da área encontrou o canto direito de Cleiton, que não chegou na bola.
Até os 10 minutos as equipes se alternaram no ataque, com o tricolor tentando desempatar aos 7 minutos, em chute de Evanílson que Cleiton defendeu, e aos 14 minutos, com Artur, que chutou rente à trave depois de receber um passe de Claudinho. Aos 25 minutos, em jogada que Artur cruzou da direita e Claudinho tocou de ‘letra’, Morato furou de forma bisonha ao tentar o chute.
A partir daí se assistiu a um festival de passes errados, falta de armação de jogadas e um jogo truncado, sem nenhuma criatividade.
2º tempo – A etapa complementar foi ainda pior. Um Bragantino sonolento deu espaço ao Fluminense, que controlou as ações e não deixou o Massa Bruta tocar na bola pelo menos por 2 minutos. A marcação alta do tricolor carioca dificultou as coisas e aos 15 minutos quase desempata, em jogada de Yuri, que tocou para Evanilson, que também tocou para Michel Araújo que mandou para fora.
O time de Conceição voltou a subir a marcação e começou a sufocar o Fluminense depois dos 20 minutos e a entrada de Bruno Tubarão devolveu a velocidade ao time, o que poderia ter acontecido bem antes, se o técnico, que já criou uma marca, a de só substituir jogadores a partir dos 35 minutos do segundo tempo, tivesse promovido as mudanças bem antes.
O gol da vitória surgiu justamente da insistência de Tubarão numa disputa de bola pela direita do ataque contra dois adversários e tocou para o estreante Luís Phelipe sozinho, na área, que tocou para as redes.
Aos 41 minutos o placar poderia ter sido ampliado, quando Alerrandro bateu firme e a bola, durante sua trajetória, tocou na mão do zagueiro Nino. O árbitro assinalou pênalti, que depois de ‘cinco dias’ foi anulado pelo VAR, apontando um impedimento anterior do ataque.
O Bragantino continua com problemas na hora de finalizar e aquela defensiva sólida, de outros tempos, não existe mais. Se o ataque marcou cinco vezes, o mesmo número de gols vazou a meta de Cleiton. A equipe domina o jogo, tem maior posse de bola, mas uma vez no ataque, perde as chances que cria.
Já dissemos no comentário diante do Bahia que alguns jogadores considerados titulares precisam esquentar banco. Há que se dar chance a outros nomes, menos badalados, mas que podem produzir mais neste momento.
O time volta a campo no domingo, 16 horas, para enfrentar o Coritiba, também no Nabizão.