Se aproximando de 3 mil notificações e 1654 casos confirmados para covid-19 na cidade, essa semana a secretária municipal de Saúde, Marina de Oliveira participou da sessão da Comissão de Educação e Cultura, Saúde, Saneamento e Assistência Social, por videoconferência, para prestar informações sobre a doença e sanar as dúvidas dos vereadores integrantes da Comissão.
Marina apresentou os dados da Covid-19 até quarta-feira aos vereadores, mas ontem noticiou mais uma morte pela doença na cidade chegando a 27 o número de vítimas fatais, ressaltando que todos os óbitos que ocorreram na cidade foram de pacientes que já apresentavam doenças crônicas. Mesmo com o registro de mais uma morte, a taxa de letalidade no município está em 1,6%, menor que a taxa estadual e nacional.
A secretária destacou que o município tem investido na testagem da população, tanto a rápida quanto a sorológica, o que reflete no aumento que vemos no número de casos, mas insistiu que “é importante que as pessoas com sintomas não queiram imediatamente fazer o teste, e sim se tratar”. “Se fizerem o teste fora do momento oportuno pode ter falso negativo ou falso positivo. A coleta precisa ser extremamente bem-feita. Na secretaria municipal de Saúde estabelecemos regras e protocolos muito claro nesse sentido”, afirmou.
Explicou que o munícipe que passa pela UPA ou Santa Casa apresentando os sintomas será testado 15 dias após este primeiro contato com a equipe de Saúde. “Colocamos esse prazo porque os anticorpos só se manifestam a partir do 7º dia. Também para que a pessoa não transmita o vírus para ninguém, preservando-a em isolamento para que não transmita a doença. Há um regramento com base nos protocolos do Ministério da Saúde e governo do Estado”, disse.
Questionada se os familiares são testados logo que recebido o resultado positivo do paciente, a secretária informou que os que vivem na mesma casa sim, mas em caso de apenas ter tido contato próximo é feita a observação para avaliar se a pessoa desenvolve algum sintoma ou não.
A prevenção foi o destaque na fala da secretária, que citou casos em que pessoas contaminadas não transmitiram a doença no ambiente de trabalho, mesmo tendo contato com outros funcionários. “Se nos mantivermos atentos, com máscara, uso de álcool em gel, a transmissão será muito difícil de acontecer. Vemos um relaxamento das medidas preventivas, isso que facilita a transmissão”, afirmou.
Marina destacou que a Secretaria de Saúde está a disposição para sanar dúvidas de empresas e da população sobre a Covid-19, pela Central de Atendimento ao Público, por meio do telefone 0800-5800678. O serviço está em funcionamento desde o fim de março, com atendimento de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h.
Ontem em seu pronunciamento na rede social, a secretária informou que no SUS há 33 leitos de UTI disponíveis para os 11 municípios da região bragantina. Os leitos estão divididos no Hospital Bragantino (10), HUSF (10) e Santa Casa (13). “Hoje nossa ocupação hospitalar em UTI está em 78,8”, disse. Já os leitos de enfermaria chegam a 30, sendo 10 no Hospital Bragantino e 20 na Santa Casa. Os leitos clínicos chegam hoje a 70% de ocupação. A secretária também informou que com a separação das UTIs na Santa Casa, as cirurgias eletivas voltarão a ser realizadas.