Hoje comemora-se o Dia de Proteção às Florestas, data que também marca o “Dia do Curupira”, cujo personagem personifica misticamente o protetor das Florestas contra degradadores criminosos.
Devido a importância da data a Polícia Militar Ambiental realiza a partir das 5h30 de hoje até amanhã, a Operação Proteção às Florestas. Serão empregados mais de 1200 policiais militares e 450 viaturas, entre quatro rodas, náuticas e drones, que realizarão o policiamento ostensivo marítimo e terrestre com vistas aos infratores do Meio Ambiente, sobretudo aqueles que põem em risco a Qualidade de Vida, Segurança e Saúde Pública. A Operação ocorrerá sob o comando do Capitão PM Mauricio Kiyoshi Hirano, comandante da 4ª Cia de Policia Militar Ambiental, nas cidades de Campinas, Jundiaí, Atibaia e demais cidades da região.
Além da ação operacional, marcará a data a participação da sociedade através da campanha que será lançada nas redes sociais da Polícia Militar Ambiental, com o tema “Curupira e a Polícia Militar Ambiental, juntos na proteção das Florestas”, que visa conscientizar a defesa das florestas.
Atacar as Florestas significa atentar contra a vida do ser humano, pois destrói fontes de água doce e com elas, a fauna e a flora também são afetadas. O desflorestamento fragiliza o solo, expondo-o à erosão, e também leva ao aumento da temperatura, além de outras consequências negativas.
No ano de 2019, a Mata Atlântica situada no Estado de São Paulo teve uma redução de 55% no seu desflorestamento, deixando o bioma com “Desmatamento Zero”, e para comemorar esta conquista a Polícia Militar Ambiental desencadeará as operações de prevenção para questões afetas à Defesa da Vida e Dignidade da Pessoa Humana decorrentes do ataque às Florestas.
Proibição de queimadas – O governo federal editou decreto publicado no Diário Oficial da União ontem, que proíbe o emprego de fogo em todo território nacional por um período de 120 dias, ou seja, até novembro. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que, historicamente, a maior incidência de queimadas ocorre entre os meses de agosto e outubro.
“A previsão climática do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos para os meses de julho, agosto e setembro indica período de forte estiagem, motivo pelo qual tornou-se urgente a adoção da suspensão das queimadas para conter e reduzir a ocorrência de incêndios nas florestas brasileiras“, informou a pasta.
Segundo a nota, citando o Ministério do Meio Ambiente, os dados recentes da plataforma de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam grande quantidade de focos de queimadas no primeiro semestre deste ano, não apenas na Amazônia, mas também em outros biomas, como o Pantanal.
O decreto não se aplica para alguns casos, como nas práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; nas práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais no Brasil; nas atividades de pesquisa científica realizadas por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente; no controle fitossanitário, desde que autorizado pelo órgão ambiental competente, e nas queimas controladas em áreas fora da Amazônia Legal e no Pantanal, quando imprescindíveis à realização de práticas agrícolas, desde que autorizadas previamente pelo órgão ambiental estadual.
No ano passado, em meio ao aumento dos incêndios, principalmente na Amazônia, o governo também suspendeu, por meio de decreto, a aplicação de fogo em áreas rurais. Segundo dados oficiais, a medida, que vigorou durante 60 dias, entre agosto e setembro, reduziu as queimadas em 16%.
FOTO | ARQUIVO GB |