Levantamento feito junto ao DataSUS, que traz os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, revela que em 2017, 30,3% das mulheres bragantinas tiveram parto normal e 69,7% optaram por cesárea. A taxa está acima da média indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 15%.
A análise aponta que as cidades campeãs em índices de cesárea na Região são: Monte Alegre do Sul (85,2%), Amparo (83,6%), Serra Negra (83%), Tuiuti (75,5%), Socorro (73,4%), Nazaré Paulista (72,1%) e Vargem (70,2%). Entre o grupo de cidades com o menor índice de cesáreas estão: Atibaia (57,8%), Pedra Bela (58,8) e Águas de Lindóia (59,4).
A média nacional é de 55%, muito longe do ideal em comparação a Europa, de 25% e EUA, de 32%. Para OMS, os números sugerem que as intervenções médicas em trabalho de parto estão generalizadas e isso coloca pressão extra nos serviços de saúde. Para reverter o quadro mundial, a entidade divulgou 56 medidas, entre elas a melhor comunicação entre médicos e mães, para que também possam opinar sobre a administração da dor durante o processo de dilatação e posições para o parto, além da dilatação cervical, que precisa ser repensada.
O normal é que a gestante tenha 1 cm de dilatação por hora na primeira fase de trabalho de parto. A medida, no entanto, seria “irrealista” e não estaria respeitando o tempo de progresso do trabalho de parto do corpo da mulher.