Ao empatar com o Goiás, no domingo (18), no Nabizão, o Bragantino confirma aquilo que esta reportagem tem dito ao longo do campeonato: time ruim, ausência de bons reservas e um técnico sem repertório. A junção disso tudo é uma equipe sem identidade e que vai lutar para não ser rebaixada.
Durante os 90 minutos o que se viu em campo foi mais do mesmo: um Bragantino que tem maior posse de bola, que faz ligações diretas entre defesa e ataque, passes errados em profusão e perda de gols. Do outro lado, um Goiás retraído, sem inspiração e jogando apenas por uma bola.
No primeiro tempo a partida se desenvolveu com um pouco mais de técnica, justamente quando o Massa Bruta abriu o marcador, aos 27’, em cabeçada de Alerrandro, depois de uma assistência perfeita de Léo Ortiz. Um pouco antes, também de cabeça, Alerrandro quase marca. Uma ou duas outras chances acabaram desperdiçadas até o encerramento dos primeiros 45 minutos.
Segundo – Na etapa complementar o Bragantino passou a correr mais, porém de forma desordenada, e as jogadas que poderiam resultar em gols esbarraram na ineficiência dos atacantes que, mesmo naquelas com endereço certo do gol, pararam no goleiro Tadeu, que realizou boas defesas.
Um outro pênalti infantil tirou a vitória do time de Barbieri, àquela altura, já chamado de ‘burro’ pela torcida, que também em coro pedia a sua saída.
Luan Cândido, aos 64’, errou o tempo de bola e deu uma rasteira em Diego, lance revisado pelo VAR que o árbitro apontou a penalidade. O artilheiro Pedro Raul não desperdiçou e deixou tudo igual.
O Bragantino poderia ter conseguido mais um gol, pelo menos, mas aí aconteceu o que todos sabem e viram nos últimos jogos: chances desperdiçadas por absoluta incompetência.
As modificações feitas por Barbieri também são conhecidas de todos. E nunca conseguem alterar para melhor o desempenho da equipe. Com esse futebol, agora com 7 partidas sem vencer, 4 delas em casa, o Massa Bruta começa a pavimentar o caminho para o Z4.
O árbitro José Mendonça conseguiu tumultuar a partida com a exibição de cartões desnecessários e inversão de faltas.
Pedreiras – O Bragantino volta a campo só no dia 28, uma quarta-feira, para enfrentar o Internacional, em Porto Alegre. E no sábado, 1º de outubro, pega o Flamengo, no Maracanã. Dois jogos difíceis que podem colocar o time dentro da zona de rebaixamento, dependendo dos demais resultados.
ATUAÇÕES
Cleiton: Não teve muito trabalho, pois o Goiás atacou pouco. Mas repor a bola em jogo não é o seu forte. Nota 6,0.
Aderlan: No primeiro tempo ajudou ofensivamente, mas aos poucos caiu de produção. Nota 6,0.
Léo Ortiz: O nome do jogo, atuação brilhante defensiva e ofensivamente. Deu uma assistência perfeita para o gol de Alerrandro, e quase repetiu a dose na etapa final, que Gabriel Novaes desperdiçou. Nota 8,5.
Natan: Partida discreta, não teve problemas pelo seu setor e tentou ajudar nos escanteios. Nota 6,0.
Luan Cândido: Um pênalti infantil, que prejudicou o time, e ofensivamente não conseguiu seu melhor jogo. Nota 5,0.
Raul: Defensivamente foi bem, embora o Goiás tenha exigido muito pouco pelo meio. Ofensivamente tem dificuldades. Nota 5,5.
Lucas Evangelista: É quem melhor cria as situações ofensivas e se movimenta por todo o campo. Sem ajuda, no entanto, a briga é inglória. Nota 6,5.
Eric Ramires: Tecnicamente deixa a desejar. Busca compensar isso com muito espírito de luta. Nota 6,0.
Artur: Um primeiro tempo muito ruim. Melhor na etapa final e teve chances de marcar, mas falhou. O Artur do ano passado deu lugar ao que se tem visto nos últimos jogos. Nota 6,0.
Alerrandro: Um gol, quase outro e vai bem dentro da área. Mais uma vez saiu machucado. Nota 7,0.
Helinho: Fez tudo o que se esperava dele: chuta mal, passa errado, comete faltas e embola quando quer jogar pelo meio. Nota 5,5.
Hyoran: Entrou para dar mais movimentação ao ataque, e não foi de todo mal. Nota 6,0.
Jadsom Silva: Não consegue boas atuações nem como titular. Imagine entrar no segundo tempo. Nota 5,0.
Popó: Jogador jovem que parece ter potencial. Entrou no lugar de Alerrandro e saiu sob a alegação de que não aguentaria mais de 50 minutos em campo. Nota 6,5.
Gabriel Novaes: Teve uma única grande chance de dar a vitória, em ótima assistência de Léo Ortiz. Embaixo do gol, conseguiu errar. Nota 4,5.
Miguel: Aquilo de sempre: cisca de um lado a outro e aquela ‘jóia’ que veio do Fluminense ainda está devendo. Nota 5,0.
Barbieri: Difícil acreditar que depois de dois anos, caminha para um final inglório. Não consegue fazer o time jogar, o repertório é manjado e não tem banco para alterar a forma de atuar dos jogadores. Se não ainda perdeu o vestiário, está bem perto disso. Nota 5,0.
BRAGANTINO 1 x 1 GOIÁS
Campeonato Brasileiro Série A – 27ª Rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 18 de setembro de 2022 (domingo, 11 horas)
Arbitro: José Mendonça da Silva Junior (PR) – Assistentes: Guilherme Dias Camilo (FIFA-MG) e Jefferson Cleiton Piva da Silva (PR)
Público: 3.984 pagantes – Renda: R$ 74.620,00
Cartões amarelos: Sávio, Marquinhos Gabriel, Felippe Bastos e Pedro Raul (Goiás)
Gols: Alerrandro aos 27′ (Bragantino) e Pedro Raul aos 64′ (Goiás)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Raul (Jadsom Silva), Lucas Evangelista e Eric Ramires (Hyoran); Artur, Alerrandro (Popó) (Gabriel Novaes) e Helinho (Miguel). Técnico: Maurício Barbieri
GOIÁS: Tadeu; Maguinho, Caetano, Reynaldo e Sávio; Auremir, Diego (Lucas Halter), Matheus Sales e Marquinhos Gabriel (Caio); Renato Júnior (Pedro Junqueira) e Pedro Raul (Nicolas). Técnico: Jair Ventura.